Pr. Claudio Marcio
A virgindade é a
condição da pessoa que nunca se relacionou sexualmente com outra pessoa (ato
conjugal).
O tema é
praticamente ultrapassado na atual sociedade, porém não deixa de ser "considerado" no meio evangélico, sendo assim farei uma consideração doxológica, baseado na experiência
pastoral, não olvidando minha formação epistêmica teológica, pedagógica e psicanalítica.
Quando estudei no Seminário (a mais de 25 anos atrás) no final de uma aula de Filosofia a professora fez a seguinte consideração: “Vocês serão futuros pastores, então não sejam obtusos e radicais querendo que as meninas casem ‘tapadinhas’...”.
Quando estudei no Seminário (a mais de 25 anos atrás) no final de uma aula de Filosofia a professora fez a seguinte consideração: “Vocês serão futuros pastores, então não sejam obtusos e radicais querendo que as meninas casem ‘tapadinhas’...”.
Ficamos chocados e
indignados com tal colocação e nos “roemos” por dentro até a aula seguinte,
quando então estaríamos exigindo explicações por tamanha afronta, ratificada por
alguém que tínhamos em alta conta, pois deveria refletir muito no teor de suas palavras,
antes de emiti-las.
Bem maior foi nossa
surpresa, quando aquela professora começou, só no final da aula seguinte, a explicar o
que a levara a fazer tal assertiva: “Vocês serão pastores, e têm uma grande
responsabilidade pela frente, minha proposição, com certeza, lhes causou
indignação, porém eu vos pergunto: ‘_ A virgindade feminina é cobrada e se faz
um grande estardalhaço em torno dela, tudo bem, mas em relação ao menino
casar-se virgem, a Bíblia não tem nenhum parecer sobre isto? ’”
O silêncio foi
deveras tremendo, posso dizer, eu estava lá, ficamos como sem saber o que falar, eu, como os demais, saí dali decidido a agir em meu futuro ministério com equidade em relação a isto.
Fui ordenado ao santo ministério em 05/09/1998, e já tive a infeliz oportunidade de
ver situações como estas acontecerem, jovens namorando, noivando e não
aguardando o momento do casamento para que na lua de mel se concretizasse o ato
conjugal, minha postura quanto a exclusão e disciplina na igreja é subjetiva (muito particular não deixando de ser bíblica),
ou seja, cada caso é um caso, sendo assim, exponho que não podemos
generalizar um ato considerado inadequado e até pecaminoso de forma generalista, sem procurar entender o que levou a pessoa envolvida a fazer o mesmo. Meu embasamento é bíblico, por isto fico tranquilo,
Jesus tratou dois ladrões no mesmo local da condenação de maneira diferente.
Trato a virgindade com respeito e seriedade, assim como o ato conjugal, e considero que a Bíblia equipara o homem e a mulher a uma mesma obediência (parâmetro de excelência), sendo assim, não faz vista grossa para que adolescentes do sexo masculino possam ter experiências sexuais sem terem consequências (espirituais, psicológicas, sociológicas - fornicação é pecado), infelizmente o meio denominacional (institucionalização) evangélico vem tomando uma postura cultural mais pagã cristã, ou seja, não espiritual e amorosa, com mensagens de autoajuda e não doutrinárias (usos e costumes têm sido também ensinados como se fossem doutrina bíblica) e muitas vezes os julgamentos, sanções, penas disciplinares e exclusões em nossas igrejas acontecem por influência da cultura local e não pela orientação, em amor, do Espírito Santo.
Trato a virgindade com respeito e seriedade, assim como o ato conjugal, e considero que a Bíblia equipara o homem e a mulher a uma mesma obediência (parâmetro de excelência), sendo assim, não faz vista grossa para que adolescentes do sexo masculino possam ter experiências sexuais sem terem consequências (espirituais, psicológicas, sociológicas - fornicação é pecado), infelizmente o meio denominacional (institucionalização) evangélico vem tomando uma postura cultural mais pagã cristã, ou seja, não espiritual e amorosa, com mensagens de autoajuda e não doutrinárias (usos e costumes têm sido também ensinados como se fossem doutrina bíblica) e muitas vezes os julgamentos, sanções, penas disciplinares e exclusões em nossas igrejas acontecem por influência da cultura local e não pela orientação, em amor, do Espírito Santo.
Compreendo a
necessidade de se ensinar sobre a virgindade (e tudo o mais sobre práticas sexuais lícitas e ilícitas) e sobre a santidade em geral, porém não
entendo que devamos punir sem instruir, ensinar é preciso, o que fazer com o
ensinamento, esta tem sido outra realidade (informação não é conhecimento), portanto, ensino e esclareço a
importância da virgindade e de se evitar a promiscuidade no corpo, alma e espírito.
Sejamos virgens (não promíscuos) em
espírito/alma e o corpo poderá desfrutar desse comprometimento. Quando alimentamos nossa mente com
informações que colidem com nossa fé e incapacidade de abstração intelectual e emocional, não poderemos manter-nos
afastados dos desejos, sendo assim, quando nos depararmos com uma situação em que algum jovem/adulto/adolescente (masculino ou feminino) cometeu um ato sexual ilícito tratemos
esse caso com respeito, compreensão, oração, espiritualidade e sabedoria, não é preciso ter
pressa para punir, mas sim para compreender, acolher e não expulsar, pois se veio até você líder é porque quer se consertar. Uma atmosfera de amor, espiritualidade e carinho pode gerar
obediência e plena submissão a Deus e às autoridades eclesiásticas, entretanto,
lembremos que o pecado é um poderoso vírus, manipulador de nossas ações (Vide Romanos 7:14-25) e um
inimigo que habita dentro de nosso corpo (convive conosco), na adolescência, a falta de
experiência (imaturidade) é um dos fatores que colaboram para a queda. Não ignorando o poder do pecado em qualquer faixa etária.
Esmurrar o corpo (I
aos Coríntios 9:27 - no sentido metafísico, já comentei sobre isto) é para quem tem a dedicação, o cuidado com as coisas de
Deus (O templo do Espírito Santo - I Coríntios 6:19) a experiência e a
orientação de alguém, por isto o neófito precisa ser acompanhado, seja neófito
pela idade ou pelo tempo de experiência eclesiástica. O apóstolo Paulo nos
orienta a fugir da imoralidade sexual (Vide I aos Coríntios 6:18), ou seja, toda a
forma de ato sexual impuro: fornicação (Sexo antes do casamento), adultério
(sexo entre pessoas que já são casadas com outras pessoas fora de seu casamento),
prostituição (sexo consensual em troca de dinheiro), etc.
Que sejamos
conscientes do nosso padrão de vida cristã: sexo santo e não sexo sujo; amar o
pecador e não o pecado; cuidar do ferido de alma, não apenas condenar pelos erros
cometidos; conversar sobre o pecado consumado que conduz a morte, e a possibilidade de arrependimento de o leva a vida; não devemos punir de forma insensível e mecânica-religiosa para dar exemplo à sociedade eclesiológica; fundamentar a fé na comunhão (koinonia) plena com Deus e as pessoas, não num denominacionalismo frio e emblemático.
Espero ter
contribuído de alguma forma para que vidas sejam orientadas e tratadas, ao
invés de punidas e excluídas. o assunto não foi esgotado, mas serve de proposta para ampliarmos nossa visão e potencializarmos nosso debate (inclusive sobre temas semelhantes).
Paz, Graça, Fé, Amor e
Redenção.
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