Pr. Claudio Marcio
Gên. 1:26-27
I. INTRODUÇÃO
1.1.
Louvo a Deus pela vida de minha esposa Glória Santos; pela vida dos meus dois
filhos: Leonardo e Guilherme; pela vida dos meus enteados: Hugo e Lívia; pela
vida de meu genro: Marcelo esposo de Lívia; pela vida de minhas noras: Paloma
esposa de Hugo e Emily noiva de Leonardo.
1.2.
Louvo a Deus pela vida do Pr. Gilmar e sua esposa e agradeço o convite.
1.3.
O que é um projeto?[1]
Segundo
o dicionário: é um plano para
a realização de um ato e também pode significar desígnio ou intenção.
Todo projeto tem um início, meio e fim. Ou seja, começa para resolver um
problema, desenvolve-se de tal forma para não só sanar o problema, mas para
criar condições a fim de inviabilizar que o problema após solucionado retorne.
E, finalmente, é finalizado, pois sua razão de existir, não se faz mais
necessária.
1.4. O que é Família?[2]
Designa-se por família o conjunto de pessoas que
possuem grau de parentesco entre si e vivem na mesma casa formando um lar.
Uma família tradicional é normalmente formada pelo
pai e mãe, unidos por matrimônio ou união de fato, e por um ou mais filhos,
compondo uma família nuclear ou elementar.
A família é considerada uma instituição responsável
por promover a educação dos filhos e influenciar o comportamento dos mesmos no
meio social. O papel da família no desenvolvimento de cada indivíduo é de
fundamental importância. É no seio familiar que são transmitidos os valores
morais e sociais que servirão de base para o processo de socialização da
criança, bem como as tradições e os costumes perpetuados através de gerações.
O ambiente familiar é um local onde deve existir
harmonia, afetos, proteção e todo o tipo de apoio necessário na resolução de
conflitos ou problemas de algum dos membros. As relações de confiança,
segurança, conforto e bem-estar proporcionam a unidade familiar.
1.5.
O que a Bíblia diz sobre a constituição familiar?
Ler: Gên. 2:22-25. Creio que Deus
fez o homem do pó da Terra, e que também fez a mulher da costela que retirou do
homem. Esse mesmo homem após dizer o primeiro poema romântico declarado a uma
mulher, prescreveu o fundamento da constituição familiar: deixar pai e mãe;
unir-se à uma mulher, que seria sua e ele seria dela, numa simbiose promovida
por intermédio da unidade/comunhão física, anímica (de alma) e espiritual, que
deveria haver entre ambos: Macho e Fêmea.
Apesar de concordarmos com o que
Adão prescreveu sobre a constituição da família, faltou o principal: “[...]
não separe o homem o que Deus uniu.” Mat. 19:6b.
Entendamos o texto em sua
profundidade, pois ele não diz que é impossível haver uma separação, mas sim
que não deveria haver essa separação, quando esse relacionamento está
fundamentado em Deus. Entretanto, é imprescindível compreendermos que Deus
criou a família para realização de seu plano maior: povoar o céu com
adoradores, que o adorem em espírito e em verdade.
O inimigo de nossas almas sabe da importância
e relevância da família, para o estabelecimento do Reino de Deus na Terra e tem
feito de tudo para desconstruir o relacionamento familiar. Porém isso já era
previsto por nosso mestre Jesus: Mc. 13:12 e Lc. 12:52 e 53. O contexto
apresentado está relacionado aos últimos tempos, à pregação do Evangelho e a
divisão que ocorreria no seio da família por causa da Palavra de Deus.
Entretanto, temos acompanhado famílias sendo descaracterizadas por diversos
motivos.
Não
tenho a pretensão de, em um curto período, falar sobre a imensidão desse
assunto, mas hoje gostaria de dialogar com os irmãos e irmãs sobre: Quais
valores deveriam ser ensinados e mantidos pelos cristãos, a fim de que a Família se mantenha em sintonia com o que
Deus planejou para ela?
I. OBEDIÊNCIA A DEUS - 1 SAMUEL 15:22 – DEUTERONÔMIO
6:6-9
Valores morais são
os conceitos, juízos e pensamentos que são considerados “certos” ou
“errados” por determinada pessoa ou sociedade.
Esses valores são aprendidos na
família, na comunidade, na escola e na sociedade.
Há quem pense que o pecado original
de Adão e Eva teria sido o ato sexual, entretanto, nós evangélicos aprendemos e
ensinamos que esse pecado foi a desobediência a Deus.
O foco da família deve ser a
obediência total e irrestrita a Deus. Entretanto, temos visto o contrário
disso. A atual sociedade tem sido permissiva nesse sentido, contrariando o
ensinamento bíblico prescrito em Provérbios 22:6, existem casos que a criança
parece ensinar e até mandar em seus pais.
É importante e imprescindível
ressaltar que a obediência familiar não se limita aos filhos, mas se estende a
esposa em obedecer, pelo amor a Cristo, a seu marido, e ao marido em amar por
obediência a Cristo, e aos pais educarem seus filhos em obediência, temor e
amor ao Senhor Jesus. Todos devem ser obedientes à Palavra, que precisa ser
ensinada e vivida no relacionamento familiar. A obediência é o princípio
basilar da família.
II. AMOR FAMILIAR – ESTORGE
Lemos em Gênesis que o homem deve
deixar pai e mãe e unir-se à sua mulher, e serão ambos uma só carne. Mas onde
entram os filhos? Numa só carne. Sim os filhos são a materialização da união
corpórea e metafísica do Macho e da Fêmea. Nada lemos sobre o amor nesse
momento, mas por inferência textual, essa união só é possível pelo sentimento
amor. Esse sentimento perpassa pelo amor Filéo (amor amigo), chegando ao amor Éros
(paixão), desenvolvendo o amor Estorge (conjugal e/ou familiar).
Não esqueci do amor Ágape, mas
apenas o deixei para o final, a fim de melhor entendimento, pois esse amor
somente se manifesta na vida do casal que tem Cristo como o centro de sua
relação.
O amor Estorge é o ponto de
equilíbrio no relacionamento de um casal, apesar de parecer que ele seja
monótono, esse amor é que mantém acesa a chama do relacionamento conjugal. Por
que afirmo isto? É porque com o passar dos anos, aquilo que foi o motivo de
atração e proximidade do jovem casal, pode não o ser mais: beleza exterior,
atração sexual inflamada, ou seja, o tempo nos permite acostumar com a pessoa,
traz consigo o envelhecimento e diminuição da libido (desejo sexual), pois o
éros é assim, pulsante, dinâmico e momentâneo, por isto é preciso ter cuidado
com o “amor a primeira vista”.
Todo casal precisa manter a chama do
amor sempre acesa, e é o Estorge quem faz isto, enquanto o Éros quer realizar
os impulsos sexuais da pessoa, Estorge direciona-os apenas à uma pessoa: seu
cônjuge.
Infelizmente esse tipo de amor tem
sido substituído por um sentimento de barganha e interesse, pois o amor
tornou-se um princípio desgastado numa sociedade que tem, permissivamente,
aceitado o ato sexual fora do casamento como algo normal.
III. FUNDAMENTO DA FAMÍLIA
Cresci ouvindo na
escola que a família era a célula máter da sociedade, ou seja, a célula matriz.
Sendo assim, se uma família era bem estruturada, a sociedade também seria.
Não
vou me aprofundar nesse assunto, entretanto não posso deixar de ressaltar a
grande interferência do Estado Democrático de Direito sobre a família.
Interferência essa que teve o intuito de reprimir e intervir em relações
violentas, machistas, exploradoras e, em alguns casos malignas. Enquanto estava
atuando assim, até que, de certa forma, foi e continua sendo importante essa
intervenção. O grande problema é que o Estado passou a interferir tanto, que os
responsáveis passaram a não ter mais a ingerência sobre seus filhos, ou seja, a
família era constituída pelo pátrio poder (Poder do Pai), agora pela nova
legislação existe o poder familiar (poder de todos os participantes da
família), mas quem é que comanda? Tanto o marido quanto a mulher. De quem é a
palavra final? De ambos.
Creio
que estou falando a crentes renascidos em Cristo Jesus. Sendo assim, me sinto à
vontade para dizer: O FUNDAMENTO DA FAMÍLIA É DEUS-JESUS-ESPÍRITO SANTO. Seus
valores, princípios, ordenanças, leis e sua Graça. Não devemos ignorar a lei
humana (Romanos 13), mas precisamos ensinar aos nossos filhos que o parâmetro
que devemos seguir, não se baseia no que está escrito apenas nas leis dos
homens, mas prioritariamente na lei de Deus.
Os
valores cristãos têm sido descaracterizados, ignorados e até mesmo
ridicularizados. Enquanto isto ocorria com os de fora, tudo bem, porém isto
chegou no arraial dos santos, e, tem muito crente-cristão se agarrando aos
princípios do mundo (incluindo sua legislação) para poderem: desobedecer aos
seus pais, maridos e esposas. Ou seja, ao invés de sermos exemplos dos fiéis,
estamos pegando os exemplos dos infiéis e trazendo para dentro de nossa casa.
IV. SUBMISSÃO FAMILIAR – EFÉSIOS 5:18,
21-33; 6:1-4
O primeiro tópico que abordamos foi
a obediência a Deus. Agora o que pretendo focar é Submissão Familiar no
Espírito Santo. A princípio, algumas pessoas poderão ir contra esse
ensinamento, mas conforme tenho mencionado, somente é possível entender as
coisas do Espírito àqueles a quem Deus concede.
Uma família cheia do Espírito Santo,
além de andar no Espírito, manifesta o poder de Deus aos que estão à sua volta.
É capaz de identificar e selecionar os ensinamentos que deve ou não seguir. Tem
como parâmetro de suas ações a Salvação, Submissão, Santidade e Dependência
total em Cristo Jesus.
Numa família que se submete ao
Espírito Santo:
O Homem se posiciona como esposo
amoroso e pai zeloso.
A mulher se situa como esposa
obediente e mãe edificadora.
O filho obedece aos seus pais e os
tem como referência para suas ações.
Talvez alguém diga: Eis aí a família
perfeita. Mas é claro que não. Não se trata de perfeição, mas sim de obediência
permitida, orientada e mergulhada no Espírito Santo.
O marido-pai não se acha melhor que
os demais membros da família.
A esposa-mãe não se sente inferior
ao marido, mas ao seu lado edifica sua casa.
O (A) filho (a) não têm interesse em
afrontar a autoridade de seus pais, mas sim contribuir com o pleno
desenvolvimento familiar.
Então é isso tão simples assim? Não,
não é nada simples, ao contrário, é de uma complexidade tamanha, pois exige
antes de qualquer ação ou reação, uma total dependência do Espírito Santo. O
texto bíblico nos dá o direcionamento, mas dependerá de nós a sua realização.
Como assim? A resposta é simples, mas como já mencionado a realização não o é.
Casa participante da família guiada pelo Espírito Santo tem que ter um
relacionamento profundo e diário com ele. O diálogo entre os participantes deve
ser esclarecedor, o ensinamento constante. Não digo de apenas lavagem de
“roupas sujas” mas sim de tentar entender o outro, colocar-se em seu lugar,
saber de suas demandas psicoemocionais. Estar disposto a ouvir, cada um, sem
interromper. Não se acomodar com sua condição pessoal, mas contribuir para o
crescimento do cônjuge, do pai, da mãe e do (a) filho (a).
V. CONCLUSÃO
1.
Quem é que comanda em sua casa? Na atual conjuntura social familiar existem
muitos formatos, porém prefira o formato da Bíblia. Ainda que seu esposo não se
sinta preparado ou capacitado a liderar, ajude-o. Isto não significa que ele
seja o melhor, mas que o ensinamento bíblico está sendo seguido. Ainda que a
palavra da esposa seja a melhor, o líder, segundo o ensinamento bíblico é o
marido, ou seja, prevalecerá a palavra da esposa que o marido ratificou.
2.
Quem edifica a sua casa? A mulher sábia é quem coloca as bases dos
relacionamentos: entre pais e filhos, maridos e esposas, ou seja, o lar tem em
sua matriarca a sustentação mediadora dos relacionamentos. Sabemos que
atualmente a mulher trabalha fora, cumprindo a dupla, tripla jornadas, porém, o
que temos nesse mundo, não é o melhor para a família do que a Bíblia nos
apresenta. O marido amoroso lavará a louça, arrumará a casa, não deixará de ser
o líder, mas contribuirá em amor para isto, mas cabe a esposa lidar com seu lar
de maneira edificante, espiritual, obediente e com a autoridade que o Senhor
lhe outorga.
3. Quem
alegra a casa e é a herança do lar? Filhos, em submissão, amor, dedicação, aprendendo
o caminho que deve seguir, compreendendo que seus pais não são perfeitos, tão
pouco são incapazes de lhe compreender é preciso conversar, nem sempre o
diálogo conduzirá ao resultado que se espera, mas ao filho obediente está
preparada uma bênção. É possível que nesse momento você não compreenda a
importância de se obedecer e submeter aos seus pais, mas o tempo lhe confirmará
que a Bíblia tinha razão.
Quais
são os valores ou princípios que norteiam sua família? Os do mundo? Então saiba
que eles só têm validade aqui, mas se são os valores de Deus, eles o
acompanharão até a vida eterna.
Paz, Graça, Amor e Redenção.
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