sexta-feira, 26 de maio de 2017

FAMÍLIA: UM PROJETO PLANEJADO POR DEUS

Pr. Claudio Marcio
Gên. 1:26-27
I. INTRODUÇÃO
1.1. Louvo a Deus pela vida de minha esposa Glória Santos; pela vida dos meus dois filhos: Leonardo e Guilherme; pela vida dos meus enteados: Hugo e Lívia; pela vida de meu genro: Marcelo esposo de Lívia; pela vida de minhas noras: Paloma esposa de Hugo e Emily noiva de Leonardo.
1.2. Louvo a Deus pela vida do Pr. Gilmar e sua esposa e agradeço o convite.
1.3. O que é um projeto?[1]
Segundo o dicionário: é um plano para a realização de um ato e também pode significar desígnio ou intenção. Todo projeto tem um início, meio e fim. Ou seja, começa para resolver um problema, desenvolve-se de tal forma para não só sanar o problema, mas para criar condições a fim de inviabilizar que o problema após solucionado retorne. E, finalmente, é finalizado, pois sua razão de existir, não se faz mais necessária.
1.4. O que é Família?[2]
Designa-se por família o conjunto de pessoas que possuem grau de parentesco entre si e vivem na mesma casa formando um lar.
Uma família tradicional é normalmente formada pelo pai e mãe, unidos por matrimônio ou união de fato, e por um ou mais filhos, compondo uma família nuclear ou elementar.
A família é considerada uma instituição responsável por promover a educação dos filhos e influenciar o comportamento dos mesmos no meio social. O papel da família no desenvolvimento de cada indivíduo é de fundamental importância. É no seio familiar que são transmitidos os valores morais e sociais que servirão de base para o processo de socialização da criança, bem como as tradições e os costumes perpetuados através de gerações.
O ambiente familiar é um local onde deve existir harmonia, afetos, proteção e todo o tipo de apoio necessário na resolução de conflitos ou problemas de algum dos membros. As relações de confiança, segurança, conforto e bem-estar proporcionam a unidade familiar.
1.5. O que a Bíblia diz sobre a constituição familiar?
            Ler: Gên. 2:22-25. Creio que Deus fez o homem do pó da Terra, e que também fez a mulher da costela que retirou do homem. Esse mesmo homem após dizer o primeiro poema romântico declarado a uma mulher, prescreveu o fundamento da constituição familiar: deixar pai e mãe; unir-se à uma mulher, que seria sua e ele seria dela, numa simbiose promovida por intermédio da unidade/comunhão física, anímica (de alma) e espiritual, que deveria haver entre ambos: Macho e Fêmea.
            Apesar de concordarmos com o que Adão prescreveu sobre a constituição da família, faltou o principal:  “[...] não separe o homem o que Deus uniu.” Mat. 19:6b.
            Entendamos o texto em sua profundidade, pois ele não diz que é impossível haver uma separação, mas sim que não deveria haver essa separação, quando esse relacionamento está fundamentado em Deus. Entretanto, é imprescindível compreendermos que Deus criou a família para realização de seu plano maior: povoar o céu com adoradores, que o adorem em espírito e em verdade.
             O inimigo de nossas almas sabe da importância e relevância da família, para o estabelecimento do Reino de Deus na Terra e tem feito de tudo para desconstruir o relacionamento familiar. Porém isso já era previsto por nosso mestre Jesus: Mc. 13:12 e Lc. 12:52 e 53. O contexto apresentado está relacionado aos últimos tempos, à pregação do Evangelho e a divisão que ocorreria no seio da família por causa da Palavra de Deus. Entretanto, temos acompanhado famílias sendo descaracterizadas por diversos motivos.
Não tenho a pretensão de, em um curto período, falar sobre a imensidão desse assunto, mas hoje gostaria de dialogar com os irmãos e irmãs sobre: Quais valores deveriam ser ensinados e mantidos pelos cristãos, a fim de que a Família se mantenha em sintonia com o que Deus planejou para ela?

I. OBEDIÊNCIA A DEUS - 1 SAMUEL 15:22 – DEUTERONÔMIO 6:6-9
            Valores morais são os conceitos, juízos e pensamentos que são considerados “certos” ou “errados” por determinada pessoa ou sociedade.
            Esses valores são aprendidos na família, na comunidade, na escola e na sociedade.
            Há quem pense que o pecado original de Adão e Eva teria sido o ato sexual, entretanto, nós evangélicos aprendemos e ensinamos que esse pecado foi a desobediência a Deus.
            O foco da família deve ser a obediência total e irrestrita a Deus. Entretanto, temos visto o contrário disso. A atual sociedade tem sido permissiva nesse sentido, contrariando o ensinamento bíblico prescrito em Provérbios 22:6, existem casos que a criança parece ensinar e até mandar em seus pais.
            É importante e imprescindível ressaltar que a obediência familiar não se limita aos filhos, mas se estende a esposa em obedecer, pelo amor a Cristo, a seu marido, e ao marido em amar por obediência a Cristo, e aos pais educarem seus filhos em obediência, temor e amor ao Senhor Jesus. Todos devem ser obedientes à Palavra, que precisa ser ensinada e vivida no relacionamento familiar. A obediência é o princípio basilar da família.
           
II. AMOR FAMILIAR – ESTORGE
            Lemos em Gênesis que o homem deve deixar pai e mãe e unir-se à sua mulher, e serão ambos uma só carne. Mas onde entram os filhos? Numa só carne. Sim os filhos são a materialização da união corpórea e metafísica do Macho e da Fêmea. Nada lemos sobre o amor nesse momento, mas por inferência textual, essa união só é possível pelo sentimento amor. Esse sentimento perpassa pelo amor Filéo (amor amigo), chegando ao amor Éros (paixão), desenvolvendo o amor Estorge (conjugal e/ou familiar).
            Não esqueci do amor Ágape, mas apenas o deixei para o final, a fim de melhor entendimento, pois esse amor somente se manifesta na vida do casal que tem Cristo como o centro de sua relação.
            O amor Estorge é o ponto de equilíbrio no relacionamento de um casal, apesar de parecer que ele seja monótono, esse amor é que mantém acesa a chama do relacionamento conjugal. Por que afirmo isto? É porque com o passar dos anos, aquilo que foi o motivo de atração e proximidade do jovem casal, pode não o ser mais: beleza exterior, atração sexual inflamada, ou seja, o tempo nos permite acostumar com a pessoa, traz consigo o envelhecimento e diminuição da libido (desejo sexual), pois o éros é assim, pulsante, dinâmico e momentâneo, por isto é preciso ter cuidado com o “amor a primeira vista”.
            Todo casal precisa manter a chama do amor sempre acesa, e é o Estorge quem faz isto, enquanto o Éros quer realizar os impulsos sexuais da pessoa, Estorge direciona-os apenas à uma pessoa: seu cônjuge.
            Infelizmente esse tipo de amor tem sido substituído por um sentimento de barganha e interesse, pois o amor tornou-se um princípio desgastado numa sociedade que tem, permissivamente, aceitado o ato sexual fora do casamento como algo normal.

III. FUNDAMENTO DA FAMÍLIA
            Cresci ouvindo na escola que a família era a célula máter da sociedade, ou seja, a célula matriz. Sendo assim, se uma família era bem estruturada, a sociedade também seria.
Não vou me aprofundar nesse assunto, entretanto não posso deixar de ressaltar a grande interferência do Estado Democrático de Direito sobre a família. Interferência essa que teve o intuito de reprimir e intervir em relações violentas, machistas, exploradoras e, em alguns casos malignas. Enquanto estava atuando assim, até que, de certa forma, foi e continua sendo importante essa intervenção. O grande problema é que o Estado passou a interferir tanto, que os responsáveis passaram a não ter mais a ingerência sobre seus filhos, ou seja, a família era constituída pelo pátrio poder (Poder do Pai), agora pela nova legislação existe o poder familiar (poder de todos os participantes da família), mas quem é que comanda? Tanto o marido quanto a mulher. De quem é a palavra final? De ambos.
Creio que estou falando a crentes renascidos em Cristo Jesus. Sendo assim, me sinto à vontade para dizer: O FUNDAMENTO DA FAMÍLIA É DEUS-JESUS-ESPÍRITO SANTO. Seus valores, princípios, ordenanças, leis e sua Graça. Não devemos ignorar a lei humana (Romanos 13), mas precisamos ensinar aos nossos filhos que o parâmetro que devemos seguir, não se baseia no que está escrito apenas nas leis dos homens, mas prioritariamente na lei de Deus.
Os valores cristãos têm sido descaracterizados, ignorados e até mesmo ridicularizados. Enquanto isto ocorria com os de fora, tudo bem, porém isto chegou no arraial dos santos, e, tem muito crente-cristão se agarrando aos princípios do mundo (incluindo sua legislação) para poderem: desobedecer aos seus pais, maridos e esposas. Ou seja, ao invés de sermos exemplos dos fiéis, estamos pegando os exemplos dos infiéis e trazendo para dentro de nossa casa.

IV. SUBMISSÃO FAMILIAR – EFÉSIOS 5:18, 21-33; 6:1-4
            O primeiro tópico que abordamos foi a obediência a Deus. Agora o que pretendo focar é Submissão Familiar no Espírito Santo. A princípio, algumas pessoas poderão ir contra esse ensinamento, mas conforme tenho mencionado, somente é possível entender as coisas do Espírito àqueles a quem Deus concede.
            Uma família cheia do Espírito Santo, além de andar no Espírito, manifesta o poder de Deus aos que estão à sua volta. É capaz de identificar e selecionar os ensinamentos que deve ou não seguir. Tem como parâmetro de suas ações a Salvação, Submissão, Santidade e Dependência total em Cristo Jesus.
            Numa família que se submete ao Espírito Santo:
            O Homem se posiciona como esposo amoroso e pai zeloso.
            A mulher se situa como esposa obediente e mãe edificadora.
            O filho obedece aos seus pais e os tem como referência para suas ações.
            Talvez alguém diga: Eis aí a família perfeita. Mas é claro que não. Não se trata de perfeição, mas sim de obediência permitida, orientada e mergulhada no Espírito Santo.
            O marido-pai não se acha melhor que os demais membros da família.
            A esposa-mãe não se sente inferior ao marido, mas ao seu lado edifica sua casa.
            O (A) filho (a) não têm interesse em afrontar a autoridade de seus pais, mas sim contribuir com o pleno desenvolvimento familiar.
            Então é isso tão simples assim? Não, não é nada simples, ao contrário, é de uma complexidade tamanha, pois exige antes de qualquer ação ou reação, uma total dependência do Espírito Santo. O texto bíblico nos dá o direcionamento, mas dependerá de nós a sua realização. Como assim? A resposta é simples, mas como já mencionado a realização não o é. Casa participante da família guiada pelo Espírito Santo tem que ter um relacionamento profundo e diário com ele. O diálogo entre os participantes deve ser esclarecedor, o ensinamento constante. Não digo de apenas lavagem de “roupas sujas” mas sim de tentar entender o outro, colocar-se em seu lugar, saber de suas demandas psicoemocionais. Estar disposto a ouvir, cada um, sem interromper. Não se acomodar com sua condição pessoal, mas contribuir para o crescimento do cônjuge, do pai, da mãe e do (a) filho (a).

V. CONCLUSÃO
1. Quem é que comanda em sua casa? Na atual conjuntura social familiar existem muitos formatos, porém prefira o formato da Bíblia. Ainda que seu esposo não se sinta preparado ou capacitado a liderar, ajude-o. Isto não significa que ele seja o melhor, mas que o ensinamento bíblico está sendo seguido. Ainda que a palavra da esposa seja a melhor, o líder, segundo o ensinamento bíblico é o marido, ou seja, prevalecerá a palavra da esposa que o marido ratificou.
2. Quem edifica a sua casa? A mulher sábia é quem coloca as bases dos relacionamentos: entre pais e filhos, maridos e esposas, ou seja, o lar tem em sua matriarca a sustentação mediadora dos relacionamentos. Sabemos que atualmente a mulher trabalha fora, cumprindo a dupla, tripla jornadas, porém, o que temos nesse mundo, não é o melhor para a família do que a Bíblia nos apresenta. O marido amoroso lavará a louça, arrumará a casa, não deixará de ser o líder, mas contribuirá em amor para isto, mas cabe a esposa lidar com seu lar de maneira edificante, espiritual, obediente e com a autoridade que o Senhor lhe outorga.
3. Quem alegra a casa e é a herança do lar? Filhos, em submissão, amor, dedicação, aprendendo o caminho que deve seguir, compreendendo que seus pais não são perfeitos, tão pouco são incapazes de lhe compreender é preciso conversar, nem sempre o diálogo conduzirá ao resultado que se espera, mas ao filho obediente está preparada uma bênção. É possível que nesse momento você não compreenda a importância de se obedecer e submeter aos seus pais, mas o tempo lhe confirmará que a Bíblia tinha razão.

Quais são os valores ou princípios que norteiam sua família? Os do mundo? Então saiba que eles só têm validade aqui, mas se são os valores de Deus, eles o acompanharão até a vida eterna.     
            Paz, Graça, Amor e Redenção.
           



[1] https://www.significados.com.br/projeto/
[2] https://www.significados.com.br/familia/

Nenhum comentário:

“OPERAÇÃO ANDRÉ” EVANGELIZAÇÃO VIA RELACIONAMENTOS

Pr. Claudio Marcio INTRODUÇÃO João 1.40-42 40 André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido o que João dissera e que ha...