quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Reflexão sobre o Natal, o Ano Novo e a Igreja de Jesus

Pr. Claudio Marcio – I.E.M.P.N. – IGREJA EVANGÉLICA MINISTÉRIO PACTO NOVO

“Então é (ou foi) Natal o que você fez? O ano termina e começa outra vez!”

Essa frase é um recorte da música da cantora Simone, cujo álbum vendeu mais de um milhão de cópias, quando lançada  em 1995 ("Então é Natal", uma versão abrasileirada escrita por Cláudio Rabello de "Happy Christmas (War is Over)", uma trova criada por John Lennon em 1971.... - Veja mais em https://www.uol.com.br/splash/colunas/pedro-antunes/2020/12/24/entao-e-natal-de-simone-e-a-musica-mais-injusticada-do-brasil.htm?cmpid=copiaecola).

Em princípio, a música foi bem aceita, passada a euforia vieram as críticas, particularmente gosto da canção, nos permite refletir sobre a dualidade e duplicidade da convivência antagônica e permanente de classes sociais e suas economias, etnias, religiosidade cristã, apesar de não enfatizar as demais religiões contrárias ou a favor da festa dita cristã.

E o que significa o Natal? Nascimento de quê ou de quem? Geralmente atribui-se ao nascimento de Jesus, apesar das datas não baterem com as narrativas do novo testamento. Ou seja, o Jesus Histórico não teria nascido nesse período de frio. Mas deixemos os fatos históricos e nos centremos na proposta natalina: reconciliação, união, amizade e integração familiar. Não fosse a proposta de uma sociedade consumista e imediatista (parafraseando Zymunt Bauman, Sociedade e Amor Líquidos), teríamos uma proposta “perfeita” de integralização social.

A exemplo da música, parece que, a cada ano, o Natal perde sua “magia” de integração social e reflexão principal sobre o verdadeiro aniversariante: Jesus.

Em meio a Pandemia que nos assola, temos que viver separados, para sobrevivermos; trago aqui a lembrança da estória ou conto, sobre os porcos espinhos que aprenderam a sobreviver juntos, no período glacial, mantendo o corpo aquecido sem se aproximarem tanto, a fim de não serem mortos pelos espinhos de seus companheiros. Ou seja, no Natal, não tem como não nos aproximarmos (ou tem?). Porém, essa aproximação pode nos fazer bem ou mal? Tendo em vista que nem todos se protegem, se cuidam e nesse período acabam se “esbarrando” no mesmo espaço, é possível que ocorra a transmissão do vírus da covid-19 (ainda que seja de forma não-intencional), do mau humor, da intolerância, da falta de sensibilidade, da indiferença, da falta de carinho e, um dos piores, do interesse declarado pelo que irá receber de presente, sem demonstrar nenhum tipo de afetividade pelo presenteador.

Após o dia natalino, festivo, comestivo (neologismo meu), e de trocas de presentes ou apenas recebimento deles por alguns, uma semana depois temos algo a mais a comemorar: a passagem de ano. E é impressionante, mais uma vez, comparando com a música, como o ano que se vai tinha sido tão aguardado por alguns e, sua ida é festejada por todos, nesse 2020 atípico, compreendemos os problemas sociais, econômicos e emocionais que provocou em massa. Porém o que gostaria de ressaltar é a intensidade dos sentimentos que vêm e vão relacionados a coisas que pareciam fazer tanto bem, e, de um momento para outro se tornam indesejáveis.

Considero essa escrita para cristã(o)s, sendo assim, chegou o momento de ser específico em relação à igreja. Tão bem recepcionada com o advento da descida do Espírito Santo, descrita em Atos dos Apóstolos, e tendo sua continuidade por intermédio dos primeiros mártires que, ao renunciarem os benefícios desse mundo, foram capazes de, com sua morte, “plantarem” a semente da continuidade de novos membros que neles se inspiraram. Entretanto, a universalização da igreja, por intermédio de sua união com o Estado (Catolicismo), levou o Cristianismo para um caminho distante da comunhão do Reino Celestial. Uma certa rejeição populacional acabou ocorrendo.

Tendo em vista a misericórdia de Deus ser acima de quaisquer entendimentos dos seres humanos, e, seu amor infinito, permanecer sobre sua promessa, aprouve a Ele, segundo o beneplácito de sua vontade permitir a reforma protestante, a divisão do cristianismo, a fim de descentralizar o poder de alguns sobre a igreja cujo poder não está no braço do homem, mas sim na raiz do calvário que transformou maldição em bênção pela morte de Jesus, e com sua ressurreição abriu o caminho de entrada para a morada eterna no céu de nosso Deus e Pai.

A igreja hoje, também tem caído em desagrado, pois muitos membros têm se afastado da missão (razão de existir) dela: Anunciar e Viver o Reino de Deus na Terra. Ou seja, a Nova Aliança em Cristo Jesus, não está pautada em renovações temporais, mas sim num Pacto Novo de Sangue que é por toda a eternidade. Sendo assim, viver em novidade de vida, não significa fazer festas, apresentar algo novo a cada semana em nossas reuniões de louvor e adoração (nosso culto ao nosso Deus), mas sim renovar-se no mesmo sangue, na mesma cruz, na morte e ressurreição de Jesus.

Convido você a renovar sua aliança com o Calvário, com a vida e morte de Jesus, com sua ressurreição e expectativa de seu regresso, pois sem ele, não existe música, natal, ano novo ou nenhuma novidade que nos torne felizes e aptos a passarmos a eternidade com Deus.

Paz, Graça, Fé, Amor e Redenção – Feliz Ano Novo em Jesus!

Nenhum comentário:

“OPERAÇÃO ANDRÉ” EVANGELIZAÇÃO VIA RELACIONAMENTOS

Pr. Claudio Marcio INTRODUÇÃO João 1.40-42 40 André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido o que João dissera e que ha...