Pr. Claudio Marcio
Em meio as diversas crises: emocional, financeira e
política, precisamos resgatar nossa visão de sucesso e estabilidade pessoal e
coletiva. Sendo assim, nosso foco não pode mirar o que o homem nos pode
proporcionar, pois isto, conforme temos visto, é limitado, passageiro e
instável. Diante do cenário político e, agora sim menciono também o cenário religioso,
precisamos considerar o que a Palavra de Deus nos diz.
Quando
olhamos para os acontecimentos, sob uma ótica humana, existe uma complexidade
para sua solução, pois envolve diversos interesses de múltiplos grupos de nossa
sociedade, mas, voltando à nossa fé, podemos considerar o que a Bíblia nos
ensina, temos vários exemplos, mas mencionarei o exemplo de Geazi, o seguidor
de Eliseu: 2 Reis 6 (Leiam o capítulo todo, a fim de compreender o contexto),
nos versículos 14-17, que não conseguia ver o exército que apoiava o profeta,
mas somente o exército do rei da Síria.
Nessa passagem vemos o que uma pessoa que está
intimamente conectada a Deus é capaz de fazer, mas diante de problemas diários
como manter-se empregado, casado (a), tendo os negócios prosperando, uma boa
casa, um carro, enfim, uma vida emocional e financeira estabilizada, acabamos
dependendo do que os homens podem nos proporcionar, ao invés de confiarmos
plenamente no que Deus é capaz de nos dar.
Se temos um bom emprego e salário elevado, nos sentimos
confiantes e fortes, capazes de tomar decisões de maneira firme e segura,
diante do desemprego e demais problemas decorrentes dessa situação, muitos se
sentem frágeis, ansiosos, angustiados, incapazes de ver uma luz no final do
túnel. Isto é normal, não devemos criticar ninguém por isto, mas sim começarmos
a reavaliar nosso comportamento e resgatar o nosso entendimento à luz das
Sagradas Escrituras.
O caso de Geazi é um bom exemplo, ele convivia com o
Profeta Eliseu, mas não tinha intimidade com o Deus do Profeta. É compreensiva
essa realidade dele, pois no antigo testamento, a revelação de Deus era
manifesta ao Profeta, que disponibilizava às demais pessoas a mensagem,
profecia e visão que Deus pretendia do povo. Sendo assim, apesar de Geazi estar
tão perto do homem de Deus, sua fé, estava em seus olhos, suas emoções e
sentidos humanos. Viu o exército do rei da Síria e concluiu que ele e o profeta
estavam perdidos. Sua pequena experiência se fundamentava em seu pragmatismo
humanístico e não na fé naquele que está além das circunstâncias. Ou seja, sua
estabilidade foi abalada diante da imensidão dos homens que estavam cercando a
cidade em busca de Eliseu.
No Novo Testamento a revelação de Deus ocorre na pessoa
de Cristo, tem sua continuidade na descida do Espírito Santo, manifestando-se
nas ações dos apóstolos e demais cristãos fervorosos e fiéis (vide exemplo em
Atos 6 a 8 – Estêvão e Felipe). Em nossos dias Deus se revela por meio de sua
Palavra (que infelizmente tem sido negligenciada), viva e eficaz. Ela deve ser
lida e confessada diariamente. A palavra confissão aqui tem o sentido de
confirmação positiva e oral, pois se temos em nós o Espírito Santo, passamos a
ser “boca” e “voz” de Deus ao pronunciarmos sua Palavra com fé e confiança.
Nossa estabilidade então não está no que vemos, mas sim
no que cremos, independente das circunstâncias que estivermos passando. Não
preciso confessar que não há problemas, mas sim que, diante dos problemas o
Senhor é quem nos proporcionará o escape, mas se ainda assim ele não
proporcionar (Vide Daniel 3), nos manteremos firmes na Rocha (Mateus 7:24-27).
Jesus é a Palavra viva (o Logos de Deus) e precisamos praticar essa palavra em
nosso comportamento: Ações e Reações.
Deus é a Estabilidade que Precisamos para superar as
barreiras que enfrentamos. Em meio a dor, sofrimento, instabilidade
governamental, econômica, social, etc. É a sua imanência (permanência em nós)
que nos sustentará e nos permitirá sermos mais que vencedores aqui e na vida
eterna. Mantenha-se firme crente-cristão/crente-cristã. Maior são aqueles que
estão conosco (Iavé Sabaoth – O Senhor dos Exércitos), do que aqueles que estão
contra nós.
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