segunda-feira, 10 de julho de 2017

Família e Igreja – Simbolismo ou Realismo? – Figuras Emblemáticas ou Pragmáticas?

                                                                                                  Pr. Claudio Marcio
Palavra Inicial
Considerando a atual conjuntura social e econômica, na qual estamos inseridos, ouso questionar: A Família é vista como uma instituição confiável e promotora de benefícios? Ou apenas um instrumento sociocultural onde pessoas são geradas e lançadas à sua sorte?
Pergunta semelhante a esta faço a igreja, especificamente Evangélica, tem sido vista como uma instituição confiável e promotora do Reino de Deus, ou apenas uma instituição capaz de manipular pessoas para uma prática religiosa institucional?
Para respondermos a ambas às perguntas sob o viés bíblico, é imprescindível conhecermos o significado do simbolismo e do realismo:
SIMBOLISMO = Sistema de símbolos que permite representar um conceito, uma crença ou um evento.
REALISMO = realismo é a forma de apresentar ou considerar as coisas tal como são.
 Do que seja emblemático e o que é pragmático.
EMBLEMÁTICO = Diz Respeito a uma figura/Emblema que representa algo.
PRAGMÁTICO = É aquilo que habitualmente se pratica.
Lembrando aos amados e amadas: Família e Igreja, ambas, não são consideradas, por nós crentes-cristãos, como sendo um produto da sociedade, mas nasceram, segundo a nossa fé: Bíblica e Cristocêntrica, pela ação direta de nosso Deus:
Iniciando a Família com Adão e Eva e seus filhos e filhas;
Iniciando a Igreja com o segundo Adão Jesus Cristo e o Espírito Santo e seus Apóstolos e demais discípulos e discípulas.
Ou seja, cremos no Criacionismo, na existência do Deus Trino Criador, que por intermédio de seu Poder e Palavra trouxe a existência todas as coisas: Incluindo Família e Igreja.
Ele, nosso criador, tem um nome (Deus é um título), descrito nas Sagradas Escrituras com o Tetragrama: Yôd-Hê-Vav-Hê (YHWH = YaHWeH – Ex.: 3:14) e enviou seu filho Jesus (YaHOSHUA = Salvação de YaHWeH), que por sua vez enviou o Espírito Santo (Ruach Há-Kodesh de YaHWeH).

Introdução
I. Missão da Família – Gênesis 1:26.
II. Missão da Igreja – Mateus 16:18,19.
III. Missão do Ser Humano – Povoar o céu – Apoc. 12:4; Isaías 14:12-14; Ez. 28:12-19.
IV. Missão do Renascido em Cristo Jesus – Anunciar o Reino de Deus – Mt. 3:2; 4:17; 10:7; Lc. 11:20.
V. Causalidade (Criacionismo, tudo tem um porquê, um motivo ou finalidade) ou Casualidade (Evolucionismo, tudo passou a existir por um evento, acaso, bib bang).
Para compreendermos a função da família e da igreja, enquanto símbolo ou realidade, emblema ou prática, precisamos inquirir: Qual o papel de cada integrante de ambas instituições e qual referência devemos seguir?
Esboço
I. Por que Deus Criou a Família e Jesus Edificou a Igreja?
            Deus criou a família para que a mesma o representasse na Terra e fosse geradora de seres semelhantes à Ele que irão povoar o Céu.
            Em consequência da queda do primeiro Adão e ciência anterior de Deus, a Igreja surge como um “plano B”, para restaurar a condição de impecaminosidade (corpo incorruptível – I Cor. 15:43, 44) do ser humano, pois nem carne e sangue podem herdar o Reino dos Céus (I Cor. 15:50)

II. Se cada integrante tem uma função (seja na família ou igreja), é permitido a troca de papéis, inversão de valores e confrontação de membros e posições?
Efésios 5:18-33; 6:1-4

III. Como é possível restaurar os relacionamentos Familiares e Eclesiológicos?
            Pela ação direta do Espírito Santo:
*      Convencidos pelo Espírito Santo – João 16:8-11.
*      Guiados pelo Espírito Santo – Romanos 8:14.
*      Andando no Espírito – Gálatas 5:16.
*      Enchendo-se do Espírito – Efésios 5:18.
*      Relacionando-se com o Espírito Santo – Gálatas 5:22.

Conclusão
I. E Deus criou a família.
II. E Jesus Edificou sua igreja.
III. Você é membro da família por nascimento, porém somente será membro da igreja por renascimento.
IV. Ao morrer você pode ser considerado como tendo pertencido a uma família: filho de fulano e sicrana, mas se não tiver em comunhão com Deus, jamais poderá ressuscitar com um corpo glorificado, não será chamado filho (a) de Deus, membro do corpo de Cristo.
V.  Você não é um acidente, tão pouco fruto de uma aventura ou casualidade, porque Deus imaginou você, planejou sua existência, desejou tê-lo como criatura e filho (a), ama você e providenciou a morte de Jesus, para que você tenha direito à Vida Eterna.
Convite
Seja você um membro da família de Jesus Cristo, integrante da Igreja atuante, praticante, incomodada com o pecado, inconformada com o mundo (Rom. 12:1, 2) e pronta a servir a Deus sob quaisquer circunstâncias.
Convido-lhe a jamais se amoldar ao mundo, mas continuamente se transformar à estatura de varão perfeito: Cristo Jesus, ou seja, convido à você a imitar a Jesus Cristo, a seguir seu exemplo, andar ao seu lado e cumprir sua vontade.

Por fim, lanço-lhe o convite para que morra para o mundo e viva para Deus, entregue a ele seu casamento, educação de filhos, vida sentimental, econômica, e seu próprio corpo, alma e espírito, seus projetos e ambições coloque no altar de Deus, deixe que Ele dirija sua vida, ande pela fé, e não mais pela vista, pois esse mundo tenebroso irá passar, mas Deus é Eterno. 

sexta-feira, 9 de junho de 2017

É PROIBIDO COMER SANGUE: POR QUÊ?

Pr. Claudio Marcio
                  Poderíamos dizer que não somos vampiros, os seres de filmes de terror que, como mortos vivos, precisam se alimentar de sangue para poderem satisfazer sua sede e darem continuidade à sua espécie, infectando outras pessoas com suas presas.
                Poderíamos dizer ainda que é nojento comer ou beber sangue. Ou ainda, que não participamos de nenhum ritual macabro, por isto beber sangue nem pensar.
                Mas o que a Bíblia, a Teologia, a Doutrina, Usos e Costumes, e, finalmente as Denominações Institucionalizadas no meio Evangélico Pentecostal e Ortodoxo Protestante dizem a respeito desse assunto? Seria mais que um simples artigo, coletar tantas informações assim, por isto, nesse breve opúsculo quero fomentar em meus leitores sua própria pesquisa, entretanto, como sempre faço, deixarei aqui uma breve explicação.
                Aceitei a Jesus com 11 anos, já se vão 39 anos (17 de fevereiro de 1981) que isto ocorreu, na semana subsequente, um irmão de uma denominação diferente e divergente da que havia me convertido, disse: “Você sabe que não pode comer sangue (chouriço)?” Tanta coisa para me dizer, mas como era peculiar, se interessou em anunciar proibições (usos e costumes denominacionais). Gostava tanto de comer chouriço na feira, aprendi com minha mãe. Então, perguntei aos de minha nova denominação, sem muito fundamentar disseram que era melhor evitar. Tantas outras coisas aprendi que eram proibidas, mas o fundamento doutrinário era superficial, quase sem lógica, mas acatava, até que um dia (depois de alguns anos – mas ainda em minha adolescência) me “rebelei”, ou seja, passei a questionar as proibições. Como fiz isto? Lendo a Bíblia que eles diziam proibir certas coisas, dentre essas proibições estava o “abster-se” (não aceitar; recusar, rejeitar) de sangue. Não entendia muito bem o que era abstenção, mas interpretava como um tipo de proibição.
                Já há algum tempo, aconteceu um fato curioso, minha nora, perguntou-me se era proibido comer sangue (sua mãe ensinou ela que sim, pois aprendera em sua igreja que era o correto), disse-lhe que não. Conversamos um pouco, e, pensei que o assunto estava resolvido. Tarde da noite a sobrinha de minha esposa enviou-me uma mensagem perguntando se comer sangue era algo proibido, queria saber sobre o assunto pois tinha dúvidas. Respondi, demonstrando biblicamente o que considerava, é isto que farei aqui. Acredito que ainda hoje, existem dogmas doutrinários que precisam ser estudados à luz das Sagradas Escrituras.
                A resposta é simples: Não é proibido comer sangue. A argumentação é um pouco mais demorada, dependendo de sua fé e crença denominacional. No A.T. há uma proibição de não comer carne de animais com seu sangue (Gên. 9:4. Pois era a alma do mesmo – Lev. 17:10,13 e 14) e tinha sua utilização para expiação de pecados (não perdão completo). No N.T. temos Jesus nos ensinando que, não é o que entra pela boca que contamina o homem, mas sim o que sai de sua boca (Vide Mt. 15:1). O Apóstolo Paulo nos instrui que se sentarmos para comer com uma pessoa (ímpia ou até mesmo de fé igual a nossa a nossa, porém de entendimento diferente), devemos comer de tudo que ela colocar na mesa sem questionar - um pato ou galinha ao molho pardo, por exemplo (Vide I Cor. 10:25-29). Jesus no momento da Ceia diz aos Discípulos: Tomai e comei: Isto é o meu corpo (estaria ele falando de antropofagia? Claro que não), ou seja, o pão simbolizaria o próprio corpo do sacrifício (Mt. 26-26-29). E ele ainda enfatiza: tomai e bebei, pois isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão de pecados – isto mesmo, o próprio Jesus ordenou o beber sangue (sabemos que é uma metáfora, porém o seu sangue humano ao ser bebido, inaugura uma nova fase aos servos de Deus, que passam a ser filhos, por adoção, por intermédio do sacrifício de Jesus – Aleluia).
                O espaço e tempo são curtos para entrarmos na questão teológica (apresentei argumentos bíblicos), mas é imprescindível que o leitor se aprofunde mais (se houver dúvidas, ou se o ensinamento em sua igreja é diferente ou divergente do que foi supracitado – pode me enviar uma mensagem para dialogarmos). Mas gostaria de apresentar mais dois textos para aguçar nosso diálogo. Atos 15:29 (é imprescindível que se leia o contexto, ou seja, essa foi uma determinação em um concílio, cujo objetivo era preservar os missionários Paulo e Barnabé, sem chocar com aquilo que tradicionalmente era costume entre os judeus).
                I aos Coríntios 8 nos dá respaldo para comermos de tudo, pois o ídolo não é nada, porém, devido a consciência de nosso irmão, devemos evitar comer o que lhe pode servir de tropeço. Ou seja, existem algumas denominações que não comem determinadas coisas por causa de sua consciência cristã (ainda não aprenderam de outra forma), não devemos criticá-los, mas respeitá-los e conviver em amor.
                Se eu hoje como chouriço? Claro que sim (se tiver – não sou tão fã de quando do tempo de criança). Não tenho nenhuma restrição em comer fígado, galinha ou pato ao molho pardo, ou ainda uma suculenta carne malpassada. Enfim, o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado e substituiu de vez a função do sangue de animais (Hb. 9:21-29). E quanto aqueles que não comem? Eu respeito e os amo em Cristo Jesus.
Paz, Graça, Fé, Amor e Redenção.Duque de Caxias, 09 de Junho de 2017.

terça-feira, 6 de junho de 2017

A NOSSA LUTA É VIRTUAL

Pr. Claudio Marcio
           
            Cara, me amarro nesse Apóstolo Paulo, por seus trocadilhos e colocações metafóricas brilhantes e futurísticas, apesar de sua visão contemporânea, na utilização de suas analogias.
Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue (Efésios 6:12a). Essa afirmação do Apóstolo nos conduz imediatamente ao entendimento de forças espirituais que teremos de enfrentar no combate cristão, consequentemente em nossas pregações conduzimos a nossa audiência a considerar um combate às potestades malignas que agem no mundo contra nós, em prol do reino de Satanás. Isto é a continuação do texto, dirá o ouvinte, concordo, mas há algo mais. Leiamos o que ele diz aos crentes em Corinto: Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado (I Coríntios 9:27).
O texto de Efésios nos conduz a entender que carne e sangue se referem ao corpo, o texto de Coríntios fala de corpo, gostaria de propor ao leitor uma exegese não tão profunda de ambos os textos, considerando os termos carne e sangue como sendo corpo e a palavra corpo como sendo essência do ser humano. Sendo assim, poderíamos então ter em ambos textos, a mesma forma de pensar do Apóstolo que não seria contraditória, pois se Efésios diz que nossa luta não é contra o corpo, por que então teria dito em Coríntios que tem a necessidade de esmurrar o corpo? Porque é do seu estilo utilizar trocadilhos, fazer analogias e ser um profundo teólogo judaico-cristão.
Em palavras simples, ele está nos mostrando em Coríntios que nós não temos que dar socos em nosso corpo, mas sim lutar contra nossa essência humana pecaminosa, que nos direciona e condiciona a pecar. Em Efésios ele nos mostra que nossa luta não é apenas contra essa essência, mas sim com forças sobre-humanas que agem no plano espiritual tanto fora de nós como dentro de nós: em nossa mente. Ou seja, nossa luta é virtual!
O mundo virtual tem sido a realidade que mais está em voga nesse momento. Computadores, celulares, redes sociais, enfim essas realidades aparentes do mundo virtual que nos conduzem a sentimentos, emoções e até mesmo a ações que nos fazem sair do controle de nossas obrigações e sentimentos. Talvez alguém diga: isto é para crianças e adolescentes. E nós jovens, adultos e idosos, quanto tempo investimos em diálogos virtuais no WhatsApp, Facebook, e rede de Bate-Papos? Quanto de nossa vida depende do mundo virtual? Mas o mundo virtual existe ou é apenas uma ficção que nos conduz a ações que podem acabar com casamentos, provocar brigas e nos conduzir à uma vida de ilusão e destruição?
O mundo espiritual existe (de forma negativa e positiva), é organizado, tem uma hierarquia também satânica que tenta influenciar nossas ações, reações e motivações. A nossa mente é o PC utilizado para lançar pensamentos os mais diversos, que nos conduzem a sentimentos que geram ações negativas ou positivas. Ou seja, temos uma mente, que é o “campo de batalha”, nela temos os nossos próprios pensamentos, os do inimigo de nossas almas e os pensamentos do Espírito Santo. Se deixarmos nossa mente ser alimentada por aquilo que nossa essência pecaminosa deseja, auxiliada por ações de potestades malignas, seremos conduzidos a pecar, errar e nos tornaremos amigos do mundo e inimigos de Deus (Tiago 4:4). Entretanto, se a nova criação (2 Coríntios 5:17) na pessoa de Cristo, tendo sua mente em nossa mente (1 Coríntios 2:16), e nossos pensamentos orientados pelo Espírito Santo for uma realidade em nossa essência, lutaremos e prevaleceremos contra o mundo virtual/espiritual.
Então crente cristão e crente cristã, seja um ‘Renascido Para Guerrear’ no exército de Cristo Jesus, não por força e nem por violência, mas pelo Espírito Santo de Deus (Zacarias 4:6), combatendo o bom combate (2 Timóteo 4:7) e lutando em prol do Reino de Deus aqui na Terra, como igreja eleita de Cristo e gloriosa, em unidade com o Cabeça, sabendo que nossa luta é virtual.
Paz, Graça, Fé, Amor e Redenção.
Duque de Caxias, 06 de Junho de 2017.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

PASTOR POLÍTICO O QUE CRISTO TEM A VER COM ISTO?

Pr. Claudio Marcio
                O Cristão e a política, isto é bíblico? É errado? Tem base bíblica? É determinação de Deus?
                Durante anos em nosso país, a igreja e a política foram antagônicas, em sua relação, com o advento do Neopentecostalismo e, consequentemente a Teologia da Prosperidade (estou preparando um material sobre isto), passamos de antagônicos a harmônicos, afeitos à política e sua relação com a igreja institucionalizada. Passados, bem mais de vinte anos nessa relação, podemos questionar: existe, existiu ou existirá algum benefício para a igreja, enquanto instituição, relacionado diretamente ao convívio ou coadunação com crentes políticos?
                Antes de passarmos para possíveis respostas (não temos todas as respostas, tão pouco nos consideramos profundos conhecedores do assunto, mas somos pesquisadores), quero ressaltar que já tive interesse na política, antes de ser pastor; já participei de campanhas depois de ser pastor, e não sou contra pastores serem políticos, tão pouco cristãos se enveredarem pela política, sendo assim, a visão que procuro passar nesse breve opúsculo é centrada na Bíblia, não em minha opinião pessoal. Convido aos leitores a buscarem, pesquisarem e emitirem sua opinião a partir de uma leitura séria das Sagradas Escrituras. Conheci pessoas que me disseram que estavam entrando na política porque Deus as estava conduzindo a isto; outras chegaram a dizer que era uma revelação; outras ainda afirmaram que era uma missão que Cristo as outorgara. Ainda não ouvi (é possível que tenha) alguém dizer: “Vou para a política, pois eu quero ser político, tenho um dom (não espiritual) para isto, quero me envolver no parlamento, no poder executivo e tenho interesse em honrar o Evangelho sendo um político honesto, que jamais aceitarei propina ou tão pouco me envolverei com maracutaias.” Nunca ouvi e nem sei de nenhum caso assim (se o leitor souber me envie as informações, se o sujeito ainda vive, para que possa partilhar sobre essa lenda viva.
                Não ironizo quando escrevo “lenda viva”, apenas enfatizo que, ao se tornar político, mesmo entre os membros da igreja, a pessoa terá aliados e desafetos. Por exemplo, alguém se candidata pelo partido “A”, e na igreja quer o voto do pastor, dos membros que, em sua maioria preferem outros partidos, além e contrários do “A”. Eis o empasse. Principalmente se o sujeito for o Pastor da Igreja, uma instituição de milhares de membros, somente poderá legislar em prol de sua denominação (infelizmente alguns pensam que o mandato não é republicando, mas da instituição a qual representa)? Poderá apenas governar uma cidade, Estado ou até o país somente e, em acordo com as doutrinas de sua religião? Ledo engano.
                Quando uma pessoa é ordenada ao Santo Ministério (seja homem ou mulher), assume com a igreja de Cristo um compromisso de vida e morte (ainda que alguns não entendam assim – Vide João 10:11; 21:15-19). Apascentar é estar perto, amar com amor sacrificial, não amor de amigo, ser capaz de viver para o Reino de Deus na Terra com uma vida no Altar, não tem como dividir esse Sacerdócio divino-humano, com as atividades legislativas. O que Jesus tem a ver com isto? Com o indivíduo ser um pastor e querer ser um político? Nada a ver.
                Alguém poderá dizer: “Foi uma revelação, visão, profecia ou chamado de Deus!” Pois então, essas coisas estão acima da Verdade Revelada na Palavra de Deus. Estou dizendo que um pastor não pode ser político? Que um cristão não pode ser eleito para assumir um cargo legislativo ou executivo? Não é isso que estou querendo dizer. O que afirmo é: O Ministério Pastoral não tem nada a ver com a função política. Ou seja, assumiu a intenção de se candidatar, abra mão do Ministério, não é o Pastor que é Político, mas o Político que deixou de ser pastor. Ou então pague o preço de ser um Pastor que vai legislar: apascente as ovelhas de Cristo. Será que conseguirá dar conta? É fácil ser Pastor com vários salários, inclusive com o salário do político, que, ao não conseguir assumir o compromisso de apascentar a igreja de Cristo, mantém a alcunha de Pastor para promover-se em eleições futuras. Não deixa o homem ou mulher de Deus de ser um Pastor ou Pastora, por ter sido eleito ou eleita (Não perde o título, a unção). Só não tem como pastorear, assumindo assim o compromisso com a igreja de Cristo.
                Então, reforçando para não deixar dúvidas sobre a proposta de nosso Cristo: “Muitos são chamados, mas poucos os escolhidos” – Mateus 22:14; 1 Coríntios 7:20-22; 1 Timóteo 3:1-16; 2 Timóteo 2:4. Você é um político foi chamado para ser um Pastor, permaneça político (se der) e vá ser Ministro do Evangelho. Sentiu de si mesmo (não diga que é de Deus), que quer atuar como político, deixe as ovelhas com alguém de sua confiança, assuma o seu interesse,  não envolva Cristo nisto e vá ser feliz com a política. Existem algumas pessoas que usam a igreja, o meio evangélico para se promoverem aos cargos políticos, usufruem desse benefício e depois, em meio as suas maracutaias pessoais, dizem que são crentes e políticos (separando uma coisa da outra) não tendo ética, moral ou decência para viver como político sob os princípios do Evangelho. É sobre esses indivíduos e posicionamentos que ratificamos: Pastor Político Cristo não tem nada a ver com isto.
                Paz, Graça, Fé, Amor e Redenção.

Duque de Caxias, 05 de Junho de 2017. 

domingo, 4 de junho de 2017

DEUS NÃO PODE SER NEGADO POIS ESTÁ EM NOSSA ESSÊNCIA EXISTENCIAL

Pr. Claudio Marcio
Entenda bem: Você Não precisa negar o que não existe. Ou seja, ateu, nega Deus. Por que perder tempo em argumentar sobre algo ou alguém que não existe?
O néscio é um incapaz, desprovido de conhecimento. É um paradoxo afirmar que, alguém sem conhecimento diz que Deus não existe (Salmos 53:1), tendo em vista a característica incognoscível (não se consegue conhecer) de Deus.
Partindo da premissa que, ao negar algo, afirmo intrinsecamente outra coisa, então quando se nega a existência de Deus, o que se está afirmando?
O homem é um ser de crenças, como bom crente, o ateu crê que somos independentes em nossa existência, temos autonomia de viver e existir por nossa própria conta, sem nenhuma interferência divina ou espiritual. O que é afirmado, quando se nega Deus é que o homem não depende de Deus, que a ideia da divindade é uma produção humana, pois ele não existe. Mas de quem partiu essa ideia, de pensar num ser com características, atributos e tanto poder, tendo em vista que o mesmo não existe? Da própria mente humana. Então, se Descartes está certo em sua afirmação: penso, logo existo. Pensar em Deus, atribuiria, de certa forma, sua existência, ainda que fosse no campo das Ideias. Sendo assim, a minha existência não depende da materialidade de meu corpo, mas sim, do imago (imaginário do objeto que idealizamos em nossa mente), criado em minha mente, somente o ser humano é capaz de pensar ou idealizar sua existência, que é anterior à sua materialidade, ou seja, o homem não pensa que existe, simplesmente porque é material, mas porque sente, pensa, e constata que, além de sua fisiologia pragmática existe uma racionalidade pura e intocável.
A ciência não pode provar a existência de Deus, mas também não pode provar sua inexistência, eis o impasse da crença, fé, desejo, necessidade e realidade de se viver: Deus é espírito, sendo assim, não pode ser visto, tocado, sentido ou tão pouco provado, o homem é matéria com uma essência imaterial, denominada psiquê, ou seja, negar a existência de Deus é negar a nossa essência que não podemos tocar, sentir, porém viver, sem termos como explicar com riqueza de detalhes, pois a vida que se vive, pouco se pode explicar. Então negaríamos a vida, por não poder explicá-la ou entendê-la (o porquê se vive)? Claro que não. Então, Deus, Vida, Imatéria e o Desconhecido estão no mesmo plano, apesar de tentar negá-los, não posso evitar que sua ideia exista, e se a ideia existe, tal coisa existe, ainda que seja pelo pensar, e se somos capazes de pensar, idealizamos e imaginamos. Então Deus é imaginável, pois em nossa essência, existe o potencial imanente de gerar em nossa mente um ser que, apesar de não o vermos, o temos dentro de nós.

NOSSA FÉ É CAPITALISTA?

Pr. Claudio Marcio
                A Bíblia prescreve sobre fé em diferentes textos, porém o livro de Hebreus é um clássico pedagógico sobre esse assunto em seu capítulo 11. Ao atribuir à fé uma visão de convicção e certeza, atribui à mesma um liame com a razão, que nos parece ser algo antagônico a ideologia da fé movida pelo que sentimos (uma fé emocional). Isto não é nada de novo em se tratando da Bíblia Sagrada, porém, em uma cultura (brasileira) que a emoção parece sempre prevalecer em nossas reuniões que têm o objetivo de adorar a Deus em Espírito e em Verdade, porém focadas em despertar o emocional do indivíduo a fim de que ele entenda sentimentalmente, que valeu a pena participar do culto, pois “sentiu” a presença de Deus isto simplesmente é paradoxal.
                Vamos devagar para não divagar sobre o que queremos passar aos nossos leitores: Fé envolve Racionalidade, apesar de em nossos cultos ser promovido o Emocional do indivíduo. Não ignoramos o best seller de Daniel Goleman sobre Inteligência Emocional, porém o que estamos focando é a emoção desprovida de inteligência.
                Apesar da fé não depender de conhecimento (razão), depende de convicção racional para vivenciá-la. Para ser mais claro e até didático, darei alguns exemplos: Abraão levantou o cutelo para matar Isaque, não foi pela emoção, pois seus sentimentos (ele era o pai de Isaque; Isaque era o filho prometido por Deus, quando ele tinha 75 anos) estavam em conflito. Sadraque, Mesaque e Abdenego diante de Nabucodonosor e sua estátua de ouro, sua convicção em não servir a um falso deus era muito maior do que os conflitos emocionais imanentes por saber que perderiam à vida, posição social, econômica e política. A fé precisa ser vivida diariamente, confessada constantemente e nossas emoções não podem confirmá-la antes de fatos, ou seja, nossas emoções nos levam a um pragmatismo evidente. A fé nos conduz a ações inusitadas, incoerentes (do ponto de vista da lógica humana), porém que coaduna com o transcendente divino incognoscível YHWH (Yahweh).
                Diante do exposto acima posso entrar na proposta de nosso título: A nossa fé é capitalista? Como assim? A fé explora o próximo? Precisa que alguém faça alguma coisa para que sejamos beneficiados financeiramente? A fé produz lucros? “Isto é uma incoerência, completamente contra as sagradas escrituras, como alguém pode pensar isto?” É possível que alguém fale ou pense isto sobre o que está lendo... Então, a fé não pode gerar benefícios financeiros? Alguém pode dizer é claro que pode. E eu concordo com o resultado de uma fé em Deus, focada em obedecê-lo, ter intimidade com Ele e fazer a sua vontade de forma plena. Mas isto não é para todos. O quê? Isto mesmo, nem todos seremos ricos, teremos os melhores carros, faremos as grandes obras, ou tão pouco estaremos no centro das atenções.
                Fé não é exploração, é submissão; não é ganho, é perda e entrega; não é imposição, mas sim submissão e dependência; não é lucratividade, multiplicação e exploração, porém é distribuição, divisão e comunhão. Por mais absurdo que pareça, a fé é a certeza do que Deus quer para sua vida, mesmo sem ter condições de conhecê-lo em sua plenitude divina, é se aproximar dEle, sem jamais vê-lo, buscá-lo sem conseguir tocá-lo, pois ele não está acessível em nossa dimensão, pois sua dimensão é sublime, superior e transcendental.
                Nossa fé é capitalista quando se aproxima de Deus para obter ganhos pessoais.
Nossa fé é capitalista quando não é direcionada por quem somos, mas pelo que queremos obter em servi-lo.
Nossa fé é capitalista quando enriquecemos por servir a Deus e não conseguimos dividir nossa riqueza com aqueles que também o servem, porém não enriqueceram.
Nossa fé é capitalista quando falamos para os outros o que entregar, até mesmo entregar o tudo, aí os exploramos, pois nós mesmos usufruímos dessa entrega, mas não retribuímos com nada.
Nossa fé é capitalista quando descontruímos a entronização de Deus em nossa essência e nela colocamos a Egolatria do Ser finito, em outras palavras, quando o humanismo prevalece sobre o teísmo.
Então não estou falando de fé, mas de uma prática que, parecendo com a fé, agride a sã doutrina, pois direciona o homem para bem longe de Deus, com práticas que em nada seguem os ensinamentos de Cristo, dos Apóstolos, da Igreja Primitiva guiada pelo Espírito Santo. A resposta à pergunta de nosso título:
Nossa fé é capitalista? Não...
Pois cremos que Deus pode nos fazer prosperar, independente de quem somos e fazemos, porém, essa prosperidade não é da mesma forma para todos, pois cada um é chamado para uma ação/missão, sendo assim, servir a Deus por fé não significa ter lucros imediatos de “primeiro grau”, mas sim é um investimento humano ao ser divino, que pode nos dar resultados de diferentes formas (o estilo da prosperidade de Deus: mais irmãos, casas, famílias – Marcos 10:29-31), porém, com a certeza de uma vida eterna em Cristo Jesus de benefícios inesgotáveis.
Paz, Graça, Amor e Redenção.

Duque de Caxias, 04 de Junho de 2017.

TRISTE COM DEUS

Pr. Claudio Marcio
                Essa é uma obra de ficção cristã, então, se você se identificar com o que está escrito, assumo a responsabilidade de ter escrito, porém não lhe conheço, não sei quem você é, mas sei que, de alguma forma o Espírito Santo me conduziu para escrever à você.
                Um garotinho estava indo para a escola bíblica dominical, sonolento, chateado, e pensativo: “Por que temos que acordar tão cedo, lavar o rosto, tomar café e ir para a igreja num dia de domingo tão ensolarado e bonito assim? Deus não sabe que gosto de praia, pipa e de brincar com meus amigos? Estou triste com Deus, pois ele me obriga a ir aonde não quero ir!”
                Anos depois, esse garotinho, já um adolescente, está se arrumando para ir a um culto, como de costume começa a pensar: “Todos os meus amigos estão indo ao festival de Rock de nossa cidade, apenas eu irei para a igreja. Será que Deus não poderia colocar na cabeça de meus pais que esse tipo de atividade e relacionamento não é o que quero para mim? Estou triste com Deus, pois ele me obriga a relacionar-me e a fazer o que não gosto!”
                Os anos passaram, o menino, que fora adolescente, tornou-se um homem casado, e, insatisfeito: “Estou muito triste com Deus, casei com uma mulher totalmente diferente de mim, ela é bonita, atraente, inteligente e indiferente aos meus interesses, sonhos e ambições, ela só pensa em ir para a igreja!”
                O tempo e espaço são pequenos diante da grandiosa proposta dessa mensagem/ficção, entretanto, o foco é: Triste com Deus. Por quê?
                Diante do cenário apresentado acima temos três momentos diferentes, porém o motivo da tristeza é o mesmo: Deus não satisfaz ao interesse do EGO. Poderia se argumentar a falta de respeito dos pais para com o filho, enquanto criança e adolescente, pois ele tem interesses divergentes dos pais. Mas, leia o texto de novo (se quiser), o nosso personagem não atribui aos pais, em nenhum momento a sua tristeza, mas sim a Deus. Ou seja, nosso objetivo, é salientar o quanto nós transferimos para Deus o que estamos sentindo, quando isto é negativo. Ainda seria possível argumentar que o casamento foi fruto de uma relação proposta pela religião, a igreja, irmãos e pais. Porém, o fato é que, não há em nenhum momento, de nosso personagem, a preocupação em saber o que as outras pessoas sentem, pensam ou fazem.
                A estória acima é muito maior, porém você é quem irá complementá-la, seja homem ou mulher, crente cristão ou não. Revoltado, magoado, triste com Deus, ou indiferente ao que pensam sobre você, mas focado em você o tempo todo.
                Nosso personagem culpa a Deus por seus inconvenientes de obrigações e relacionamentos. Gostaria que Deus interferisse para que sua vida fosse de outro jeito. Mas em que momento assume que suas decisões foram fruto de sua vontade e desejo? A simplicidade e fragilidade de nosso personagem não obscurece a realidade que muitos têm vivido em sua vida, em diferentes etapas, perpassando por diferentes e constantes situações desagradáveis: problemas financeiros, morais, sociais, vícios, manias, neuroses, constrangimentos, perdas, necessidades, sonhos frustrados, dificuldades de relacionamento.
Até quando transferiremos para Deus a nossa responsabilidade e culpa? Crer em Deus sem conhecê-lo (no sentido de obedecer a sua vontade) é perda de tempo, pois segundo a Bíblia, os demônios creem que ele existe, estremecem, porém não o obedecem (Tiago 2:19). A criança (nosso personagem), que passou pela adolescência e se tornou homem, nunca teve intimidade com Deus. Sempre fez o que os outros queriam que fizesse, pondo a culpa em Deus por seus descontentamentos. Ou seja, você está triste com Deus por algo de errado que está ocorrendo em sua vida ou simplesmente, não consegue assumir que está triste consigo mesmo, por não ter compreensão do que pode ser feito para mudar a maneira de agir, reagir, relacionar-se de forma agradável e mais sensível diante das adversidades.
Aprendemos que temos de ir à igreja, gostaria de fomentar em você o pensar: sou igreja! Nos ensinam que podemos ter coisas boas e seremos considerados os melhores, proponho: seja bom independente das coisas que tenha. Vivemos num mundo tenebroso, onde o consumismo, violência, falta de amor e aparência acima de tudo sempre prevalecem nas relações, conjuro-te em nome do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar a todos os seres humanos, quando de sua segunda vinda na Terra, que você tenha a mente de Cristo, haja como ele agiu, imite seu jeito de ser, pois fazendo assim, você jamais ficará triste com Deus, e será o motivo de sua alegria, pois fará tudo que lhe apraz.
Paz, Graça, Amor e Redenção.

Duque de Caxias, 04 de Junho, de 2017.

sábado, 3 de junho de 2017

INTIMIDADE COM DEUS

                                                                                                            Pr. Claudio Marcio
Ser íntimo de Deus, seria isto possível? Como seria essa intimidade?
Estamos acompanhando pelos jornais televisivos, radiofônicos e internáuticos (essa palavra existe? Se não existe acabei de criar, é um neologismo) a prisão do ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures, que era muito íntimo do presidente Michel Temer, na prática isto significa que, se alguém sabe alguma coisa de boa ou não sobre o presidente da República esse alguém é o ex-deputado. Essa intimidade entre eles não se iguala a uma intimidade familiar, mas profissional, porém comprometedora, do ponto de vista político comprometedor, se houver algo que não seja lícito nessa relação e nas atividades noticiadas sobre o Loures pela mídia (ter pego uma mala contendo 500 mil reais – dinheiro de propina). Seria a mando de quem? Eis aí a questão da intimidade/proximidade com o Temer. Mas o que quero ressaltar é a intimidade que gera conhecimento, cumplicidade e consequências. A intimidade do ex-deputado traz consigo comprometimento e certa responsabilidade, pelo cargo ocupado: assessor do Presidente da República. Ou seja, quanto mais próximo, mais unidade em suas ações e relações.
A intimidade com Deus deveria nos fazer conhecer mais de Deus, porém um ser incognoscível e incompreensível, do ponto de vista da razão humana, como poderíamos ter com ele tal intimidade? A resposta não é fácil, porém simples: Ele se revelou ao homem. Não em sua essência plena divina, mas em uma forma acessível ao ser que criou. No Antigo Testamento, apesar de lermos sobre seu andar no Éden, seu falar a Abrão (depois se tornou Abraão), da sua conversa com Moisés (EU SOU O QUE SOU), manifestação de seus poderes no Egito e no deserto, de sua manifestação e profecias por intermédio dos profetas e reis, Ele parece-nos um ser impessoal. No Novo Testamento Ele se mostra um Deus Pessoal, materializando-se como o Ungido de Israel, a Salvação que vem dos Céus, personificado em Jesus. Ainda no N.T. Ele se demonstra de forma intangível, porém personificando-se não em uma materialidade única (pessoa), porém se entronizando nas pessoas: o amigo e companheiro Espírito Santo, Dúnamis de Deus nos homens.
Então intimidade com Deus não é conhecê-lo, entendê-lo, compreender sobre quem é? Não, não é. Intimidade com Deus é querer estar perto dele, aproximar-se, obedecê-lo por amor e fé. Ainda que seja inefável, inexplicável, inexorável, porém real na mente, na natureza, no universo, dentro de cada ser, na existência viva e tangível e na vida intangível dos seres espirituais. Intimidade com Deus não depende do quanto se sabe sobre ele, mas o quanto se faz por Ele. Ou seja, não está pautada na teoria da fé, na teologia do ser, mas na prática das obras feitas pela fé e na teologia da aceitação de sua salvação, não pelo que se fez ou se faz, mas sim pelo que aceitamos ter Ele já feito, antes de virmos à existência tangível-humana.
Espero não ter filosofado, teologado, mas simplificado e esclarecido que é impossível a criatura compreender ou explicar o criador, porém é possível ser íntimo dele na busca, na espiritualidade e na santidade, pois Ele se revelou Santo, Espírito e Amor. Aproxime-se, seja íntimo pela fé e receba a graça de sua salvação, as dádivas de seu galardão e a certeza de vida eterna.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

AS 10 PRÁTICAS DO EGITO QUE PROVOCARAM A IRA DE YAHWEH (4ª Parte)

Êxodo Capítulos: 7 a 12

Pr. Claudio Marcio
SEXTA PRÁTICA (Êxodo 9:8-12): Tenho grande preocupação e zelo ao escrever sobre a Palavra de Deus, pois entendo que o leitor ou ouvinte (quando estou pregando ou dando uma palestra), merece respeito e consideração, sendo assim, como pesquisador cristão tenho interesse em saber da fonte que me proporciona falar ou comentar sobre um assunto. Ao pesquisar sobre essa prática, as fontes às quais consultei me encaminharam ao Deus Tífon, sendo ele reverenciado pelos egípcios por intermédio de sacrifícios cujas cinzas teriam sido utilizadas por Moisés para a sexta praga de úlceras, entretanto, esse nome é bem conhecido da mitologia grega, estando na mitologia egípcia o seu reconhecimento como sut ou seth, deus já mencionado na praga dos piolhos, quando o pó do deserto fora ferido pelo bordão de Arão. Ou seja, a sexta prática está relacionada a um deus egípcio que teria o poder de proteger o corpo físico de homens que os reverenciava e aos animais que eram utilizados como sacrifício em sua homenagem. Caro leitor, de forma específica e geral peço que atente para essa praga, juntamente com as demais, pois o que ressalto é a importância da confrontação do Deus de Israel em relação com os falsos deuses egípcios, apesar de respeitarmos às pessoas de todas as religiões, quando diante de nossa fé e nosso Deus consideramos não-deuses, pois não podem ser equiparados ao único ser transcendente, imanente, eterno, sublime, poderoso e incognoscível Yahweh. Os magos não podiam nem permanecer diante de Moisés, devido aos tumores/úlceras que estavam em seu próprio corpo, ou seja, além de não reproduzirem, tão pouco podiam se curar. Sua fragilidade enquanto líderes religiosos e a impotência do ser a quem creditavam sua fé era nítida e patente por sua incapacidade em confrontar o Deus de Israel. E em relação a Faraó? É importante compreender o texto em seu contexto, pois o que lemos é que “Deus endureceu o coração de Faraó…”, nos aparecendo assim que o líder egípcio estava sendo vítima da ação manipuladora de Deus, em relação aos seus sentimentos emoções. Pois Deus sendo tão poderoso, não teria dado o livre arbítrio a Faraó para que permitisse ao povo ir adorar no deserto. Releia o texto e perceba que o sentido é que a ação de Deus enfurecia Faraó, a tal ponto do mesmo endurecer seu coração, mesmo diante dos fatos à sua frente demonstrarem o poderio de Yahweh, ou seja, ele reconhecia as evidências à sua frente como sendo consequências do Deus israelita, mas não se queria se submeter às suas exigências, reverenciando-o como superior a si e aos seus deuses. Diante disto suas emoções e sentimentos para com Deus se fechavam, de forma dura, a tal ponto de negligenciar sua Divindade e Soberania. Lamentável para ele e para os egípcios, pois a assolação do eterno não finda contra aqueles que o rejeitam e o desprezam. Havia mais pragas a vir, e a próxima praga iria mostrar como Ele é capaz de controlar os elementos e suplantar àqueles que não o obedecem.
            SÉTIMA PRÁTICA (Êxodo 9:13-35) – Existem algumas questões que pontuaremos nesse texto tão extenso: 1. A mensagem de Deus. 2. Deus é quem exalta e abate as autoridades (Vide Rom. 13). 3. O controle que Yahweh tem sobre os elementos. 4. Os que obedecem à voz/palavra do Eterno são poupados. 5. Remorso, mentira, engano e dureza de coração são práticas que o Altíssimo deplora. Esses destaques foram colocados para o leitor compreender a dimensão do poder de Deus, o poderio arrasador dessa praga (chuva de pedras). Mas que prática essa praga atinge? Soberba, Idolatria e Negação do verdadeiro Criador de Todas as coisas: Yahweh. Diante do que Faraó já havia visto, sentido e se insubordinado contra Deus, o discurso agora é de finalização, tanto do líder quanto dos liderados, que não obedecessem ao aviso de Deus. Estava sendo prenunciado o fim do reino desse Faraó e todos os súditos que coadunassem com ele. A mensagem é direta, sem rodeios: Deus irá destruir Faraó em seu orgulho, soberania e fé em seus deuses, ou seja, o poder que ele pensava ter, não seria suficiente para impedir o que Deus pretendia fazer. Seus deuses não seriam capazes de impedir o que estava para ocorrer. Somente os obedientes à sua ordem e comando poderiam se safar; que surpreendente isto, quem desobedece a Faraó, compreendesse que o Deus de Israel iria devastar o Egito com uma chuva de pedras, esse seria poupado. É possível que os magos tranquilizassem seu líder, argumentando com seu conhecimento que isto era impossível naquela região. Mas quando o fenômeno predito ocorreu, Faraó teve que se humilhar e pedir a Moisés que orasse a Deus para parar com aquilo. Era mais uma de suas mentiras, Deus sabia disto, mas cada vez mais o Altíssimo se estabelecia como supremo e único ser sobrenatural que fala, faz e desfaz o que quer e quando quer. Faraó, sem querer, e, apesar de suas mentiras e dureza de coração, tornara-se instrumento de Deus para demonstrar aos egípcios e ao seu povo quem de fato era o Yahweh de Israel.
OITAVA PRÁTICA (Êxodo 10:1-20): Até quando...? Esse é o início do discurso que o Senhor ordenou a Moisés que Arão deveria falar a Faraó; existia um limite de tempo, e o Altíssimo requer do soberano egípcio um posicionamento. Deus é o senhor do cronos, porém ele obriga Faraó a se posicionar cronologicamente em sua insubmissão que estava acarretando males à ele e ao povo que ele governava. É demonstrado nesse discurso que a não submissão ao Yahweh de Israel, traria males ainda maiores. Reiteremos que o endurecimento do coração de Faraó (lembrando: ele era considerado um deus), não é uma ação de Deus em seu coração, mas sim consequência da própria indiferença dele às ordens do verdadeiro e único Criador (Elohim).
            Não existe vitória de um homem só. Nenhum reino subsiste se os governados duvidam da governabilidade de seu líder. Isto passou a ocorrer (versículo 7), pois os oficiais (o alto comando) questiona o posicionamento de seu líder diante de um Egito que ia de mal a pior (“Acaso, não sabes ainda que o Egito está arruinado? ”), ou seja, os líderes de Faraó reconheciam que os deuses egípcios (em particular Osíris) não tinham poder de confrontação em relação ao Deus de Israel: Yahweh. Diante da pressão de seus liderados Faraó propõe (ele impõe seus termos) que somente os homens sirvam a Deus no deserto, considerando que se deixasse ir também as crianças e mulheres os israelitas poderiam fugir. Ao impor esses termos, mais uma vez Faraó traz sobre si e seu povo mais uma praga, que é consequência de suas práticas idólatras, soberbas e de indiferentismo ao verdadeiro Deus. Um vento oriental traz os gafanhotos que destroem tudo o que restara, no campo agrícola, da chuva de pedras; apressado diante de mais essa fatalidade, da pressão dos oficiais e descontentamento do povo, Faraó implora a Moisés e a Arão que clamem a Deus para que mais essa praga vá embora, prometendo deixar o povo ir, infelizmente é mais uma mentira, não desconhecida por Deus, porém ele estava selando seu destino e o destino do povo egípcio. O vento ocidental leva os gafanhotos, mas não leva o orgulho de um governante em ruínas físicas, morais e psicoemocionais. Ocorreriam mais duas pragas, consequência de outras duas práticas. Deus se revelara e não havia ninguém que poderia impedir seu povo de ir adorá-lo no deserto, mas Faraó teria que pagar mais duas contas: reconhecendo que andar na escuridão é certeza de derrota, e que o autor da vida, é capaz de sacrificar vidas primogênitas.
            NONA PRÁTICA (Êxodo 10:21-29): Rê ou Rá é o principal deus da teologia e panteão egípcio, Faraó é a representação encarnada desse Deus, ele é o deus sol, que ilumina e proporciona o cultivo dos alimentos, além de gerar outros deuses. Essa prática ofende e agride diretamente ao criador de todas as coisas, inclusive do próprio sol que não é um deus, mas sim uma estrela. Essa escuridão é uma demonstração do poder de Deus sobre mais essa forma errônea de adoração, que influenciava a cultura, religião e política egípcia e, consequentemente os hebreus que dele ouviam falar. Durante três dias esse falso deus teve a possibilidade de desmerecer e confrontar o Yahweh de Israel, o que não ocorreu. Faraó cede mais uma vez, ampliando sua liberação do povo agora, além dos homens às mulheres e crianças, porém não permitindo que os animais sejam levados, Moisés explica à ele que isto inviabilizaria a proposta de adoração e oferecimento de holocaustos ao verdadeiro Deus, diante disto seu posicionamento é mais duro ainda, pois diz que a próxima vez que Moisés o visse ele o mataria, porém o homem de Deus não deixou por menos, confirma a fala de Faraó, que nunca mais veria a sua face. O espírito que tudo sabe já estava profetizando a ruína completa do império de Faraó, que começaria com sua própria família.
            DÉCIMA PRÁTICA (ÊXODO 11 E 12): Como já mencionei na introdução, não é nossa pretensão esgotar esse tema sobre as práticas egípcias que provocaram a ira de Deus, sendo assim, exatamente nesses dois capítulos pontuarei, como costume, algumas questões que foram determinantes nessa última prática: a confiança em vários deuses (falsos deuses, do ponto de vista hebreu e cristão), menos no verdadeiro e único Deus Criador de todas as coisas - o Yahweh de Israel. É imprescindível que o leitor leia o texto completo, são apenas dois capítulos, porém não podemos acreditar que já sabemos aquilo que não lemos, ou que, lemos a muito tempo, ou até mesmo ouvimos falar sobre o assunto. Pontuemos: 1. A prosperidade será uma realidade para o hebreu, até aqui um povo escravo e submisso ao povo egípcio, pois os hebreus pediram objetos de prata e ouro aos vizinhos egípcios e eles deram, pela fama de Moisés, o representante de Yahweh. 2. Instituição da Páscoa (“passar sobre”), que hoje em nosso Brasil é conhecida pelos ovos de páscoa, coelhos, porém que tem um significado de derramamento de sangue: dos cordeiros (machos de um ano sem defeito) e dos filhos primogênitos dos egípcios. Ou seja, o que hoje em nosso país é considerado motivo de alegria por uma comemoração doce de chocolates, foi uma comemoração de libertação com sangue (exemplo de nossa libertação do pecado pela morte do cordeiro sem pecado: Jesus Cristo). 3. Os deuses egípcios não puderam impedir a morte dos primogênitos – o politeísmo e sincretismo religioso do Egito, bem como a crença na deidade do Faraó, não foram impeditivos da ação do anjo da morte enviado da parte de Deus. 4. Deus tem pressa – deveriam comer apressadamente, arrumados para saírem do Egito, pois o que foi feito por Yahweh, atingiu da menor a maior família egípcia, incluindo o primogênito de Faraó, próximo herdeiro e sucessor de seu reino. Seiscentos mil homens foram contados, sem considerar mulheres e crianças, se multiplicarmos por cinco (esses homens provavelmente eram adultos casados, prontos para guerrear e com filhos), teremos mais ou menos 3 milhões de pessoas que saíram do Egito. Que baque para a economia Egípcia, porém uma grandiosa mudança na vida, economia, crença, cultura e história do povo de Israel.
CONCLUSÃO
            Nessa última prática, procuramos pontuar questões relevantes para o benefício de Israel e que foram negativas para os egípcios. Essa última praga atingiu em cheio os dois povos de maneira contrária, beneficiando a um e trazendo prejuízo a outro na economia, cultura, religiosidade, política, visão de mundo e história. O povo hebreu deixava de ser escravo e o povo egípcio perdia sua hegemonia política imperiosa. Seus deuses foram incapazes de juntos impedirem a ação de único Deus (porém verdadeiro e real). O Deus de Israel.
Seiscentos mil homens foram contados, as mulheres e crianças que o acompanhavam, apesar de não serem contados estavam presentes (ouso a multiplicar por 5, completando aos homens, que deveriam ser casados e prontos para guerrear, um total de 3 milhões de pessoas, ou seja, Deus fez com que uma nação que chegou no Egito com 70 pessoas (Gênesis 46: 27) chegasse a esse extraordinário quantitativo de milhões de vidas.
Minha intenção desde o início não foi fazer uma profunda pesquisa sobre as práticas egípcias, mas sim demonstrar que tais práticas pagãs, foram o motivo das pragas. Deus não coaduna com deuses, é único, Senhor de todo o Universo. Então, existe alguma prática que estejamos fazendo que, de certa forma, diretamente tem provocado a ira de nosso Deus e promovido pragas em nossa vida? Estará o Brasil praticando algo que tem provocado a ira de Deus?
Talvez saibamos a resposta, e o que estamos fazendo para impedir as pragas de atingirem nosso país e nossa vida?
Paz, Graça, Amor e Redenção.

Referências

As 10 pragas do Egito e sua relação com as divindades pagãs egípcias. Disponível em: http://gracamaior.com.br/mensagens/128-as-10-pragas-do-egito-e-sua-relacao-com-as-divindades-pagas-egipcias.html. Acesso em: 18 mai. 2017.
BRUCE, F. F. Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento. Tradução: Valdemar Kroker — São Paul: Editora Vida, 2008.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico de Matthew Henry. Tradução: Degmar Ribas Junior. Preparação dos Originais: Alexandre Coelho. Revisão: Alexandre Coelho e Luciana Alves. Capa e projeto gráfico: Eduardo Souza. Editoração: Oseas Felício Maciel. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus. 4ª Edição, 2004.
Lista de deuses egípcios. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_deuses_eg%C3%ADpcios. Acesso em: 22 mai. 2017.
O deus Seth. Disponível em: http://leopoldina-emummundodistante.blogspot.com.br/ 2010/05/o-deus-seth.html. Acesso em: 12 mai. 2017.
O que representam as 10 pragas do Egito. Disponível em: https://augustomen. wordpress.com/2014/04/23/o-que-representam-as-10-pragas-do-egito/. Acesso em: 20 mai. 2017.
Osíris. Disponível em: http://www.infoescola.com/mitologia/osiris/. Acesso em 27 mai. 2017.

Wiersbe, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento: volume I, Pentateuco. Traduzido por Susana E. Klassen - Santo André, SP: Geográfica Editora, 2006.

sábado, 27 de maio de 2017

O homem é por natureza um ser de crenças. Necessita crer em algo/alguém. Isto é intrínseco ao ser humano. (Pr. Claudio Marcio.)


                                                                                                                             

sexta-feira, 26 de maio de 2017

SEXO SUJO X SEXO SANTO

                                                                                         Pr. Claudio Marcio
Tem-se com esse título a pretensão de desmistificar tabus:
1. Liberdade Sexual não é liberalidade sexual. Você não pode se sentir culpado por manter uma harmonia e frequência no ato sexual, desde que respeite os princípios que norteiam o mesmo à luz das Sagradas Escrituras.

2. “Isto não pode...”, “Isto é errado...”, “Aquilo é pecado...”. Já ouvi vários absurdos. Pude ajudar algumas pessoas a livrarem-se de pensamentos equivocados. O fato é que, tabus, sofismas e dogmas foram criados e estabelecidos em nome de Deus, da Igreja, usando a própria Bíblia como referência, sem no entanto, mencionar o contexto dos textos propostos ou mencionados, sem conhecerem os pormenores de excelência santa sobre o assunto.

3. Deus criou o homem e ordenou: “Faça sexo com sua mulher, mantenha uma relação sexual saudável e contínua...” Porém Satanás utiliza sofismas para deturparem a Palavra do Altíssimo, tendo em vista a falta de um interesse ardente em se estudar os ensinamentos das Sagradas Escrituras, uma genuína aplicação em procurar saber o que realmente o texto está dizendo, como o texto pode nos alcançar, somos muitas vezes levados por ventos de doutrina, ensinamentos de homens, interpretações equivocadas, que ao invés de nos conduzirem à liberdade nos mantêm em cárceres privados de conhecimentos limitados e limitantes de nossa fé. A falta de intimidade com nosso Pai Criador e Amoroso, acaba tornando algo prazeroso e maravilhoso em algo desconhecido, promíscuo e pecaminoso.

Desmascaremos essa trama:
A liberação sexual espalhou-se completamente através da nossa sociedade, produzindo muitos abortos (por gravidez indesejada), doenças sexualmente transmissíveis (afligindo uma em cada quatro mulheres – dados adquiridos até o ano de 2000) e crianças nascidas fora do casamento, com todas as doenças sociais decorrentes, problemas escolares, abuso de drogas e álcool e crime. Mesmo assim, para muitos, a liberação sexual permanece um direito acalentado.

Como conviver com algo tão poderoso, importante, forte e perigoso dentro de si? Como não se render aos desejos da carne, ao prazer do momento, a influência de uma sociedade que grita: FAÇA SEXO SEM COMPROMISSO?

Em unidade com Jesus a igreja, noiva pura sem mácula que em breve será desposada pelo noivo, juntamente com o Espírito Santo e através dos ensinamentos bíblicos que serão ministrados, pode viver em Santidade, Amor e Harmonia com o Altíssimo Criador. Assim seja! Aleluia! Vejamos o que a Bíblia nos diz:

1. SEXO NÃO É PECADO, SEXO É SANTO. O ato sexual não é pecaminoso, o ato sexual produz santidade, mantém harmonia entre os cônjuges. Gen. 1:28 – Ordenado pelo Criador. Gen. 2:25 – Não é o pecado original, mas foi ordenado por nosso Pai das Luzes. O Supremo Criador do Planeta Terra e do Universo com todos os seres celestiais, formou o primeiro homem Adão, do pó da terra e colocou nele órgãos genitais, formou a primeira mulher, Eva, e colocou nela órgãos genitais que se encaixassem, combinassem, completassem com os do homem, não foram colocados para envergonharem a ambos, mas sim para serem fonte de geração de vida e prazer Gên. 1:31.
Não há nada de errado com o ato sexual que é santo. Infelizmente, falamos pouco sobre este assunto em nossas casas e igrejas, permitindo com que nossa família, filhos, esposas e maridos sejam atacados com informações distorcidas – sexo sujo.

2. SEXO NÃO É SOMENTE PARA A PROCRIAÇÃO. O ato sexual é fonte de prazer, como já dissemos, é motivo de alegria e prazer para ambos. Através do ato sexual o casal se satisfaz  e se completa: emocional, física e espiritualmente.

Deus nos colocou com pulsões primárias (temos o id em nossa mente – Sigmund Freud), uma necessidade, como tantas outras, não para nos torturar, mas sim para nos tornarmos uma só criatura ou uma só criação, por intermédio do ato em si. Leiamos: Cantares de Salomão 2:3-17; 4:1-7. Provérbios 5:18, 19. Gênesis 26:6-11 (Isaque provavelmente trocou carícias com sua esposa Rebeca). I Coríntios 7:2-5.

3. SEXO FORA DO CASAMENTO (MATRIMÔNIO) É PECAMINOSO. Quero deixar claro que sou a favor da legalização de relacionamentos sustentados pela palavra e não pelo papel. Sou a favor pois entendo que o casal cristão deve seguir a lei de seu país, entretanto, leiamos o seguinte: CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 226.

O que posso entender e preciso esclarecer que A UNIÃO ESTÁVEL ENTRE UM HOMEM E UMA MULHER não é motivo para se dizer que ambos estão em fornicação, todavia, por motivo do costume no país em que vivemos, entendo e respeito a necessidade de haver uma legalização formal, uma CONVERSÃO EM CASAMENTO. Então fornicários são aqueles que não respeitam as regras do casamento, da moral e da família. Assim sendo, pornéia é o ato sexual sem a bênção de Deus, sem a aprovação de Deus. Entendo que uma família constituída e reconhecida pelo relacionamento estável de um homem e uma mulher pelo Estado Brasileiro deve ser respeitada e ajudada e não enxovalhada e amaldiçoada pela sociedade e, principalmente, pela igreja.
Então, podemos fazer sexo sem casarmos? Claro que não! Podemos ter uma relação sexual com uma pessoa casada? Não! Jamais! Podemos, estando casados, mantermos uma relação sexual com outra pessoa que também é casada? Não é correto! Também isto é pornéia!
O que passarei a descrever são algumas atitudes que devemos evitar e algumas que devemos praticar:

1. Aos Namorados. Beijos de Novela. Carícias e toques em partes íntimas.
2. Auto-Excitação. Masturbação.
3. Leituras Pornográficas. Revistas e histórias.
4. Filmes que despertem interesse Sexual Diverso.
5. Conversas que conduzam ao pensamento sexual pecaminoso. Lembre-se: Pensamento gera sentimento que conduz a ação.
6. Seja Franco. Seja Santo. Fale o que gosta e sobre o que não entende, procure melhorar.
7. Mantenha sua mente ocupada com informações que elucidem e não que anuviem a respeito do sexo.
8. Procure aprender e/ou ensinar a respeito da educação sexual. Nunca é tarde para começar!
9. Não tenha medo do sexo.
10. Convide o Espírito Santo para fazer parte de sua vida sexual!



VIRGINDADE NA IGREJA SE ESTENDE AOS NOSSOS DIAS?

Pr. Claudio Marcio
A virgindade é a condição da pessoa que nunca se relacionou sexualmente com outra pessoa (ato conjugal).
O tema é praticamente ultrapassado na atual sociedade, porém não deixa de ser "considerado" no meio evangélico, sendo assim farei uma consideração doxológica, baseado na experiência pastoral, não olvidando minha formação epistêmica teológica, pedagógica e psicanalítica. 
Quando estudei no Seminário (a mais de 25 anos atrás) no final de uma aula de Filosofia a professora fez a seguinte consideração: “Vocês serão futuros pastores, então não sejam obtusos e radicais querendo que as meninas casem ‘tapadinhas’...”.
Ficamos chocados e indignados com tal colocação e nos “roemos” por dentro até a aula seguinte, quando então estaríamos exigindo explicações por tamanha afronta, ratificada por alguém que tínhamos em alta conta, pois deveria refletir muito no teor de suas palavras, antes de emiti-las.
Bem maior foi nossa surpresa, quando aquela professora começou, só no final da aula seguinte, a explicar o que a levara a fazer tal assertiva: “Vocês serão pastores, e têm uma grande responsabilidade pela frente, minha proposição, com certeza, lhes causou indignação, porém eu vos pergunto: ‘_ A virgindade feminina é cobrada e se faz um grande estardalhaço em torno dela, tudo bem, mas em relação ao menino casar-se virgem, a Bíblia  não tem nenhum parecer sobre isto? ’”
O silêncio foi deveras tremendo, posso dizer, eu estava lá, ficamos como sem saber o que falar, eu, como os demais, saí dali decidido a agir em meu futuro ministério com equidade em relação a isto. Fui ordenado ao santo ministério em 05/09/1998, e já tive a infeliz oportunidade de ver situações como estas acontecerem, jovens namorando, noivando e não aguardando o momento do casamento para que na lua de mel se concretizasse o ato conjugal, minha postura quanto a exclusão e disciplina na igreja é subjetiva (muito particular não deixando de ser bíblica), ou seja, cada caso é um caso, sendo assim, exponho que não podemos generalizar um ato considerado inadequado e até pecaminoso de forma generalista, sem procurar entender o que levou a pessoa envolvida a fazer o mesmo. Meu embasamento é bíblico, por isto fico tranquilo, Jesus tratou dois ladrões no mesmo local da condenação de maneira diferente. 
Trato a virgindade com respeito e seriedade, assim como o ato conjugal, e considero que a Bíblia equipara o homem e a mulher a uma mesma obediência (parâmetro de excelência), sendo assim, não faz vista grossa para que adolescentes do sexo masculino possam ter experiências sexuais sem terem consequências (espirituais, psicológicas, sociológicas - fornicação é pecado), infelizmente o meio denominacional (institucionalização) evangélico vem tomando uma postura cultural mais pagã cristã, ou seja, não espiritual e amorosa, com mensagens de autoajuda e não doutrinárias (usos e costumes têm sido também ensinados como se fossem doutrina bíblica) e muitas vezes os julgamentos, sanções, penas disciplinares e exclusões em nossas igrejas acontecem por influência da cultura local e não pela orientação, em amor, do Espírito Santo.
Compreendo a necessidade de se ensinar sobre a virgindade (e tudo o mais sobre práticas sexuais lícitas e ilícitas) e sobre a santidade em geral, porém não entendo que devamos punir sem instruir, ensinar é preciso, o que fazer com o ensinamento, esta tem sido outra realidade (informação não é conhecimento), portanto, ensino e esclareço a importância da virgindade e de se evitar a promiscuidade no corpo, alma e espírito.
Sejamos virgens (não promíscuos) em espírito/alma e o corpo poderá desfrutar desse comprometimento. Quando alimentamos nossa mente com informações que colidem com nossa fé e incapacidade de abstração intelectual e emocional, não poderemos manter-nos afastados dos desejos, sendo assim, quando nos depararmos com uma situação em que algum jovem/adulto/adolescente (masculino ou feminino) cometeu um ato sexual ilícito tratemos esse caso com respeito, compreensão, oração, espiritualidade e sabedoria, não é preciso ter pressa para punir, mas sim para compreender, acolher e não expulsar, pois se veio até você líder é porque quer se consertar. Uma atmosfera de amor, espiritualidade e carinho pode gerar obediência e plena submissão a Deus e às autoridades eclesiásticas, entretanto, lembremos que o pecado é um poderoso vírus, manipulador de nossas ações (Vide Romanos 7:14-25) e um inimigo que habita dentro de nosso corpo (convive conosco), na adolescência, a falta de experiência (imaturidade) é um dos fatores que colaboram para a queda. Não ignorando o poder do pecado em qualquer faixa etária.
Esmurrar o corpo (I aos Coríntios 9:27 - no sentido metafísico, já comentei sobre isto) é para quem tem a dedicação, o cuidado com as coisas de Deus (O templo do Espírito Santo - I Coríntios 6:19) a experiência e a orientação de alguém, por isto o neófito precisa ser acompanhado, seja neófito pela idade ou pelo tempo de experiência eclesiástica. O apóstolo Paulo nos orienta a fugir da imoralidade sexual (Vide I aos Coríntios 6:18), ou seja, toda a forma de ato sexual impuro: fornicação (Sexo antes do casamento), adultério (sexo entre pessoas que já são casadas com outras pessoas fora de seu casamento), prostituição (sexo consensual em troca de dinheiro), etc.
Que sejamos conscientes do nosso padrão de vida cristã: sexo santo e não sexo sujo; amar o pecador e não o pecado; cuidar do ferido de alma, não apenas condenar pelos erros cometidos; conversar sobre o pecado consumado que conduz a morte, e a possibilidade de arrependimento de o leva a vida; não devemos punir de forma insensível e mecânica-religiosa para dar exemplo à sociedade eclesiológica; fundamentar a fé na comunhão (koinonia) plena com Deus e as pessoas, não num denominacionalismo frio e emblemático.
Espero ter contribuído de alguma forma para que vidas sejam orientadas e tratadas, ao invés de punidas e excluídas. o assunto não foi esgotado, mas serve de proposta para ampliarmos nossa visão e potencializarmos nosso debate (inclusive sobre temas semelhantes).
Paz, Graça, Fé, Amor e Redenção.

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