Por Claudio
Marcio
João Capítulo 8 (Bíblia
Eletrônica)
1 Mas Jesus foi
para o Monte das Oliveiras. 2 Pela manhã cedo voltou ao templo, e todo o
povo vinha ter com ele; e Jesus, sentando-se o ensinava. 3 Então os
escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; e
pondo-a no meio, 4 disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada em
flagrante adultério. 5 Ora, Moisés nos ordena na lei que as tais sejam
apedrejadas. Tu, pois, que dizes? 6 Isto diziam eles, tentando-o, para
terem de que o acusar. Jesus, porém, inclinando-se, começou a escrever no chão
com o dedo. 7 Mas, como insistissem em perguntar-lhe, ergueu-se e disse-lhes:
Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra. 8
E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. 9 Quando ouviram isto
foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos, até os últimos; ficou só
Jesus, e a mulher ali em pé. 10 Então, erguendo-se Jesus e não vendo a
ninguém senão a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus
acusadores? Ninguém te condenou? 11 Respondeu ela: Ninguém, Senhor. E
disse-lhe Jesus: Nem eu te condeno; vai-te, e não peques mais.
Não acredito que a
mulher do texto em questão tenha sido pega em ato de adultério. Porém creio que
ela era uma prostituta. Alguns textos bíblicos me conduzem a pensar assim:
Êxodo 20:14 Não adulterarás.
Deuteronômio 5: 18
Não adulterarás.
Levítico 18: 20 Nem te deitarás
com a mulher de teu próximo, contaminando-te com ela.
Deuteronômio 22:22
Se um homem for encontrado deitado com mulher que tenha marido, morrerão ambos,
o homem que se tiver deitado com a mulher, e a mulher. Assim exterminarás o mal
de Israel. 23 Se houver moça virgem desposada e um homem a achar na
cidade, e se deitar com ela, 24 trareis ambos à porta daquela cidade, e
os apedrejareis até que morram: a moça, porquanto não gritou na cidade, e o
homem, porquanto humilhou a mulher do seu próximo. Assim exterminarás o mal do
meio de ti. 25 Mas se for no campo que o homem achar a moça que é
desposada, e o homem a forçar, e se deitar com ela, morrerá somente o homem que
se deitou com ela; 26 porém, à moça não farás nada. Não há na moça
pecado digno de morte; porque, como no caso de um homem que se levanta contra o
seu próximo e lhe tira a vida, assim é este caso; 27 pois ele a achou no
campo; a moça desposada gritou, mas não houve quem a livrasse. em juízo, entre
sangue.
Se ela fosse uma
mulher adúltera, não deveríamos considerar que tivesse um marido? O homem com
quem ela adulterou, não deveria ter sido levado diante de Jesus, para ambos
serem apedrejados?
Não temos que nos aprofundar tanto assim, pois o texto em si nos lança a uma
simples reflexão: Por que levaram só a mulher se havia um mandamento para que
ambos fossem apedrejados, a fim de que o marido tivesse sua honra lavada.
As
definições de pornéia nos levam a prática sexual sem compromisso, sem respeitar
princípios morais e religiosos.
Porneia => Substantivo Feminino = Devassidão,
Libertinagem.
Devassidão => s.f.
Qualidade de quem ou do que é devasso.
Depravação de costumes,
libertinagem.
Devasso => adj. e s.m. Que ou
aquele que é libertino; dissoluto, licencioso.
Dissoluto => adj. e s.m.
Que ou o que é contrário aos bons costumes; devasso, libertino.
Dissolvido, desfeito.
Dissolvido, desfeito.
Libertinagem => s.f. Modo
libertino de viver. Outrora, descrença; incredulidade religiosa.
Libertino => adj. e s.m. Que ou
aquele que é desregrado em sua conduta; devasso, dissoluto. Outrora, pessoa
livre da disciplina da fé religiosa; livre-pensador: Pascal escreveu
contra os libertinos.
http://www.dicio.com.br/porneia/
Aonde quero chegar é que a mulher em questão era prostituta e provavelmente os seus acusadores, a conheciam de transar com ela. Sendo assim, tinham segurança do que falavam, só não esperavam que Jesus lhes dissesse: “Aquele que não tiver o mesmo pecado, seja o primeiro a atirar pedra” (Grifo meu). Quando refletimos desse jeito, nos parece que o texto fica mais contundente do que já é. Polêmicas à parte, de sua origem, o que ressalto aqui é a pungência do texto: A mulher que havia servido aos homens, sexualmente, agora era descartada e colocada no círculo da morte para ser apedrejada.
Aonde quero chegar é que a mulher em questão era prostituta e provavelmente os seus acusadores, a conheciam de transar com ela. Sendo assim, tinham segurança do que falavam, só não esperavam que Jesus lhes dissesse: “Aquele que não tiver o mesmo pecado, seja o primeiro a atirar pedra” (Grifo meu). Quando refletimos desse jeito, nos parece que o texto fica mais contundente do que já é. Polêmicas à parte, de sua origem, o que ressalto aqui é a pungência do texto: A mulher que havia servido aos homens, sexualmente, agora era descartada e colocada no círculo da morte para ser apedrejada.
Agora a questão
que nos deve incomodar e levar-nos a uma reflexão é a seguinte: Jesus, não
apedrejou, não condenou, não disciplinou, ao contrário, acolheu, amou, perdoou
e orientou que ela não pecasse mais, ela tão pouco pediu perdão, somente foi
embora em silêncio após responder as perguntas que Jesus lhe fez. Por que
então, nas denominações, as pessoas são disciplinadas, excluídas e tratadas
como “criminosas” quando cometem um pecado, segundo as regras da denominação,
que ferem princípios e regras estabelecidas pelos participantes da mesma?
Talvez alguém diga: Mas ela não era crente, e quem comete pecado na igreja é um
cristão. Não seria esse então, nosso irmão, conhecido, arrependido (se assim
estiver), mais digno de nossa compaixão?
O que quero mostrar é que o perdão dado por Jesus, foi dado sem a pessoa em
questão merecer, não uma adúltera, mas sim uma prostituta, uma mulher que
ganhava a vida, vendendo seu corpo para ser usado sexualmente.
Jesus nos propõe uma nova forma de olharmos o pecador, seja ele o pior do
mundo: Propor-lhe uma mudança de comportamento, antes de julgá-lo ou tão pouco
condená-lo. Entendo que Jesus não está conivente com as ações pecaminosas dessa
mulher. O que ele não pretende fazer é matá-la, castigá-la sem propor-lhe o que
ele tem de melhor, uma nova vida, um novo estilo de comportamento.
Concluo que a mulher pega em ato de Prostituição é alvo do amor de Deus e que o
ato de Jesus, não pode ficar registrado apenas em João 8, precisa acontecer em
nossas vidas, enquanto igreja do Senhor Jesus.
Mas como mudar de
atitude? Cada caso é um caso. Em se tratando dessa mulher, ela estava diante da
morte e Jesus lhe poupou a vida. Isto lhe impactou com certeza.
O que se passou a
partir daquele instante na vida daquela mulher, não nos é mencionado, porém
algo forte aconteceu. A mulher sai em silêncio, provavelmente com dúvidas e
certezas: Por que ele não deixou que me apedrejassem? Como poderei viver se não
possa mais utilizar o meu corpo para ganhar dinheiro? O que devo fazer a partir
de agora para ser uma mulher diferente e não mais prostituta?
Essas mesmas perguntas devem ser feitas por nós, enquanto igreja de Cristo:
Como podemos ajudar mulheres que se prostituem a deixarem essa prática? Após
deixarem de ganhar a vida com a prostituição como podemos ajudá-las a
manter-se? Como não discriminar mulheres que vivem assim? Como demonstrar
respeito e interesse por elas, enquanto pessoas que são alvo do amor de Deus?
Talvez tenhamos todas as respostas, mas será que
fazemos todas as ações?
Enquanto há tempo, estejamos prontos a perdoar,
amar, e, anunciar o reino de Deus, a partir de nossas ações terrenas, ou seja,
a eternidade começa a partir do instante que recebemos em nós o Salvador do
mundo e seu Espírito Santo, sendo assim, o céu começa na Terra, somos cidadãos
celestiais, portanto vivamos o céu na Terra.
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