Êxodo Capítulos: 7 a 12
Pr. Claudio Marcio
Resumo
Cresci lendo sobre as pragas do Egito, estudei na EBD
sobre as mesmas, entretanto, constatei ao longo dos anos de caminhada
evangélica que existe uma superficialidade (não há uma ênfase dos dogmas da
religião dos egípcios, sua forma antropológica, teológica e dialógica em sua
adoração), com que o assunto é tratado. Vejamos assim: os caras eram
simplesmente os “donos” do mundo, uma sociedade próspera, poderosa, cuja
tecnologia superava em muito as demais realizações do mundo conhecido, incluindo
sua forma religiosa de adoração que extrapolava os demais povos. Só para
iniciarmos nossa reflexão é preciso que saibamos que Gósen (chamada de Terra de
Ramsés – Gên. 47:11) é localizada no Egito, sendo assim, todos os descendentes
nessa Terra tornaram-se egípcios por nascimento político e geográfico
(demografia), apesar de comumente em nossas igrejas os chamarmos apenas de hebreus
(são hebreus/Israelitas por descendência de Abraão e Jacó, porém são egípcios,
pela condição geográfica de seu nascimento). Talvez perpasse por vossa mente:
qual a importância disto? Respondo: Influência política, econômica, étnica e
religiosa sobre a cultura e família dos hebreus, pois a referência de sucesso
passa ser o estilo de vida egípcio. Algo bem parecido ocorre em nossos dias, as
instituições denominacionais estão “grudadas” no Egito/Mundo, nossa pátria
terrena tem como referência o Egito (estilo de vida de sucesso do mundo), porém
esse estilo de vida provoca a ira de Yahweh (Deus), o que
pretendemos ao longo de alguns dias é enfatizar o estilo de vida Egípcio do
Êxodo bíblico (mundano) e o estilo de vida dos hebreus (cristãos). Apesar de
terem a mesma nacionalidade egípcia (apesar de sermos humanos, terráqueos
existentes a partir desse planeta, aguardamos uma pátria celestial, a Canaã de
Deus), os hebreus tinham uma ascendência Abraãmica (e nós: somos/fomos gerados em
Cristo Jesus) e não poderiam negar isto, estava em seu DNA físico (está em
nosso “DNA espiritual”), e em sua constituição psíquica (porém temos a mente de
Cristo), pois a tradição oral fazia com que os pais repassassem aos filhos a
história do Patriarca Abraão, do filho da Promessa José e do Constituidor das
Tribos Jacó/Israel, ou seja, havia uma Promessa de uma terra Prometida, de um
Governo Teocrático e de que, em algum momento o Yahweh de Abraão, de Isaque e de Jacó iria
reivindicar o seu povo e conduzi-lo a um lugar de refrigério e não de
escravidão (aguardamos a volta do Senhor Jesus que buscará sua Igreja).
Entretanto, tanto tempo vivendo sob o domínio da geografia, cultura e
autoridade egípcia, influencia-se, de forma hegemônica a maneira de viver dos
hebreus; o que não era bem visto aos olhos de Yahweh.
Chegou então o tempo da interferência do Divino ocorrer, a fim de permitir um
renovo e um retorno de seu povo àquilo que ele havia planejado para os
Israelitas. Por questões estratégicas o soberano Yahweh permitiu
que o Egito fosse o centro comercial e político do mundo, mas, o cronos humano
chegou ao seu limite, e, o kairós de Yahweh
precisava intervir para o benefício permanente de seus eleitos e continuidade
de seu plano eterno. As 10 práticas do Egito que provocaram à ira de Deus, estão
sinergicamente associadas às 10 pragas que foram lançadas por Yahweh, utilizando-se de Moisés e de Arão para
tais realizações, é isto que vamos considerar ao longo de alguns dias. Não
pretendo ser cansativo, é necessário, portanto, considerarmos diariamente essa
leitura, a fim de termos tempo para “ruminarmos” as várias informações, que
perpassarão a dogmática (teologia), a pragmática (ação realizada) e
pneumatologia eclesiológica (Ação do Espírito Santo requerida à Igreja de
Cristo). Para desenvolver esse artigo, utilizei-me de experiências pessoais
(pesquisa semiestruturada), bibliografia teológica e filosófica (virtual e
impressa – internet e livros), bem como a Sagrada Escritura em suas diversas
versões, pois a tradução em português nos permite essa flexibilidade. Quiçá
possamos construir uma exposição que nos possibilite elucidar que não existe
nenhum problema em se aprender sobre teologia, ao contrário, é extremamente
necessário, entretanto, aprender sem praticar torna a aprendizagem
inócua/ineficaz. Também não há nenhum problema em praticar a pregação do
Evangelho sem antes de ter aprendido sobre a Bíblia, ou a Teologia, entretanto,
o neófito/novo convertido, precisa ser acompanhado e orientado, ou seja,
Teologia, Pragmatismo Cristão e Aprendizagem Bíblica devem permanecer em
harmonia, não em extremos defendidos por nós como se fossem antagônicos. Há
ainda um quarto fator que alguns defendem e outros atacam: As práticas dos dons
espirituais, onde há extrema necessidade pelos verdadeiros adoradores e uma
grande meninice por aqueles que nada entendem sobre esse ensino, mas querem
dele se aproveitar para exercer domínio no meio evangélico. São práticas que
provocam a ira de Deus todas aquelas que se colocam em seu lugar (é perigoso
tomar a frente da Soberania de Deus), por isto escrevo esse artigo, para
enfatizar que aquilo que ocorria no Egito afrontava a verdadeira adoração e
isto tem ocorrido em nossos dias, e, precisamos estar alertas em combater tais
práticas no arraial dos santos (igreja instituída).
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