sexta-feira, 26 de maio de 2017

AS 10 PRÁTICAS DO EGITO QUE PROVOCARAM A IRA DE YAHWEH (1ª PARTE)

Êxodo Capítulos: 7 a 12
Pr. Claudio Marcio
Resumo

            Cresci lendo sobre as pragas do Egito, estudei na EBD sobre as mesmas, entretanto, constatei ao longo dos anos de caminhada evangélica que existe uma superficialidade (não há uma ênfase dos dogmas da religião dos egípcios, sua forma antropológica, teológica e dialógica em sua adoração), com que o assunto é tratado. Vejamos assim: os caras eram simplesmente os “donos” do mundo, uma sociedade próspera, poderosa, cuja tecnologia superava em muito as demais realizações do mundo conhecido, incluindo sua forma religiosa de adoração que extrapolava os demais povos. Só para iniciarmos nossa reflexão é preciso que saibamos que Gósen (chamada de Terra de Ramsés – Gên. 47:11) é localizada no Egito, sendo assim, todos os descendentes nessa Terra tornaram-se egípcios por nascimento político e geográfico (demografia), apesar de comumente em nossas igrejas os chamarmos apenas de hebreus (são hebreus/Israelitas por descendência de Abraão e Jacó, porém são egípcios, pela condição geográfica de seu nascimento). Talvez perpasse por vossa mente: qual a importância disto? Respondo: Influência política, econômica, étnica e religiosa sobre a cultura e família dos hebreus, pois a referência de sucesso passa ser o estilo de vida egípcio. Algo bem parecido ocorre em nossos dias, as instituições denominacionais estão “grudadas” no Egito/Mundo, nossa pátria terrena tem como referência o Egito (estilo de vida de sucesso do mundo), porém esse estilo de vida provoca a ira de Yahweh (Deus), o que pretendemos ao longo de alguns dias é enfatizar o estilo de vida Egípcio do Êxodo bíblico (mundano) e o estilo de vida dos hebreus (cristãos). Apesar de terem a mesma nacionalidade egípcia (apesar de sermos humanos, terráqueos existentes a partir desse planeta, aguardamos uma pátria celestial, a Canaã de Deus), os hebreus tinham uma ascendência Abraãmica (e nós: somos/fomos gerados em Cristo Jesus) e não poderiam negar isto, estava em seu DNA físico (está em nosso “DNA espiritual”), e em sua constituição psíquica (porém temos a mente de Cristo), pois a tradição oral fazia com que os pais repassassem aos filhos a história do Patriarca Abraão, do filho da Promessa José e do Constituidor das Tribos Jacó/Israel, ou seja, havia uma Promessa de uma terra Prometida, de um Governo Teocrático e de que, em algum momento o Yahweh  de Abraão, de Isaque e de Jacó iria reivindicar o seu povo e conduzi-lo a um lugar de refrigério e não de escravidão (aguardamos a volta do Senhor Jesus que buscará sua Igreja). Entretanto, tanto tempo vivendo sob o domínio da geografia, cultura e autoridade egípcia, influencia-se, de forma hegemônica a maneira de viver dos hebreus; o que não era bem visto aos olhos de Yahweh. Chegou então o tempo da interferência do Divino ocorrer, a fim de permitir um renovo e um retorno de seu povo àquilo que ele havia planejado para os Israelitas. Por questões estratégicas o soberano Yahweh permitiu que o Egito fosse o centro comercial e político do mundo, mas, o cronos humano chegou ao seu limite, e, o kairós de Yahweh precisava intervir para o benefício permanente de seus eleitos e continuidade de seu plano eterno. As 10 práticas do Egito que provocaram à ira de Deus, estão sinergicamente associadas às 10 pragas que foram lançadas por Yahweh, utilizando-se de Moisés e de Arão para tais realizações, é isto que vamos considerar ao longo de alguns dias. Não pretendo ser cansativo, é necessário, portanto, considerarmos diariamente essa leitura, a fim de termos tempo para “ruminarmos” as várias informações, que perpassarão a dogmática (teologia), a pragmática (ação realizada) e pneumatologia eclesiológica (Ação do Espírito Santo requerida à Igreja de Cristo). Para desenvolver esse artigo, utilizei-me de experiências pessoais (pesquisa semiestruturada), bibliografia teológica e filosófica (virtual e impressa – internet e livros), bem como a Sagrada Escritura em suas diversas versões, pois a tradução em português nos permite essa flexibilidade. Quiçá possamos construir uma exposição que nos possibilite elucidar que não existe nenhum problema em se aprender sobre teologia, ao contrário, é extremamente necessário, entretanto, aprender sem praticar torna a aprendizagem inócua/ineficaz. Também não há nenhum problema em praticar a pregação do Evangelho sem antes de ter aprendido sobre a Bíblia, ou a Teologia, entretanto, o neófito/novo convertido, precisa ser acompanhado e orientado, ou seja, Teologia, Pragmatismo Cristão e Aprendizagem Bíblica devem permanecer em harmonia, não em extremos defendidos por nós como se fossem antagônicos. Há ainda um quarto fator que alguns defendem e outros atacam: As práticas dos dons espirituais, onde há extrema necessidade pelos verdadeiros adoradores e uma grande meninice por aqueles que nada entendem sobre esse ensino, mas querem dele se aproveitar para exercer domínio no meio evangélico. São práticas que provocam a ira de Deus todas aquelas que se colocam em seu lugar (é perigoso tomar a frente da Soberania de Deus), por isto escrevo esse artigo, para enfatizar que aquilo que ocorria no Egito afrontava a verdadeira adoração e isto tem ocorrido em nossos dias, e, precisamos estar alertas em combater tais práticas no arraial dos santos (igreja instituída).

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