Pr. Claudio Marcio
Algumas
pessoas associam fé, com um tipo de perfeição ou de capacidade de não errar,
atribuindo assim ao indivíduo esse valor de inerrância ou de intimidade com
Jesus, mas na manhã desse dia, quero partilhar com os leitores uma realidade
bíblica: Os homens de fé tiveram medo, insegurança, stress, depressão,
ansiedade, angústia e, não fosse a dependência, obediência e submissão a Deus,
confiança em suas instruções, eles errariam e muito. Comecemos com o pai da fé,
a fim de compreendermos melhor o que estou expondo: Abrão coabitou com Sarai,
e, quando Faraó quis coabitar com ela, ele pediu que ela mentisse e dissesse
que eles não tinham nenhum relacionamento conjugal, mas sim um parentesco
fraterno (de irmãos – o que era verdade, pois ela era meia irmã de Abrão), pois
estava com medo de ser morto; o poder de Deus se manifesta e Faraó não toca em
Sarai por intervenção de divina (Gên. 12:1-20).
Mais
outro caso: Elias e Jezabel – o Profeta de Deus matou 450 profetas de Baal e
teve medo de ser morto pela rainha, ou seja, fé e utilização de dons
espirituais, não significam perfeição ou coragem, mas sim dependência,
obediência e submissão a vontade de Deus. Não que alguém que tenha fé não possa
ser corajoso, o que saliento é que não é condição da fé, a perfeição ou a
coragem.
O
homem de fé que quero apresentar hoje chama-se Jerônimo Savanarola, viveu no
Século XV (1452-1498): “O povo de toda a Itália afluía, em número sempre
crescente, a Florença. A famosa Duomo não mais comportava as enormes multidões.
O pregador, Jerônimo Savonarola, abrasado com o fogo do Espírito Santo e
sentindo a iminência do julgamento de Deus, trovejava contra o vício, o crime e
a corrupção desenfreada na própria igreja. O povo abandonou a leitura das
publicações torpes e mundanas, para ler os sermões do ardente pregador: deixou
os cânticos das ruas, para cantar os hinos de Deus.
Em
Florença, as crianças fizeram procissões, coletando as máscaras carnavalescas,
os livros obscenos e todos os objetos supérfluos que serviam à vaidade. Com
isso formaram em praça pública uma pirâmide de vinte metros de altura e
atearam-lhe fogo. Enquanto o monte ardia, o povo cantava hinos e os sinos da cidade
dobravam em sinal de vitória. ”
“O
corrupto regente de Florença, Lorenzo Medici, experimentou todas as formas: a
bajulação, as peitas, as ameaças, e os rogos, para induzir Savonarola a
desistir de pregar contra o pecado, e especialmente contra a perversidade do
regente. Por fim, vendo que tudo era debalde, contratou o famoso pregador, Frei
Mariano, para pregar contra Savonarola. Frei Mariano pregou um sermão, mas o
povo não prestou atenção à sua eloquência e astúcia, e ele não ousou mais
pregar. Nessa altura, Savonarola profetizou que Lorenzo, o Papa e o rei de
Nápoles morreriam dentro de um ano, e assim sucedeu.”
Jerônimo
Savanarola não era perfeito, mas aprendeu cedo a depender, obedecer e
submeter-se a Deus, e isto fez uma grande diferença em sua vida, assim como na
vida de Abraão e Elias e poderá fazer a grande diferença em nossas vidas. Na
manhã desse dia eu profetizo em sua e minha vida uma fé dependente, obediente e
submissa a Deus Pai, ao nosso Salvador e Senhor Jesus e ao Consolador e Guia da
Igreja o Espírito Santo!
Tenha
um ótimo dia! Paz, Graça, Amor e Redenção.
Referência
Bibliográfica: ORLANDO, S. Boyer. Heróis da Fé Vinte homens extraordinários que
incendiaram o mundo.Biografias cristãs, CPAD – Casa Publicadora das Assembleias
de Deus Rio de Janeiro, RJ. 15ª Edição – 1999.
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