sexta-feira, 26 de maio de 2017

Fé não é sinônimo de Perfeição ou Coragem, mas sim de Dependência de Deus

Pr. Claudio Marcio

Algumas pessoas associam fé, com um tipo de perfeição ou de capacidade de não errar, atribuindo assim ao indivíduo esse valor de inerrância ou de intimidade com Jesus, mas na manhã desse dia, quero partilhar com os leitores uma realidade bíblica: Os homens de fé tiveram medo, insegurança, stress, depressão, ansiedade, angústia e, não fosse a dependência, obediência e submissão a Deus, confiança em suas instruções, eles errariam e muito. Comecemos com o pai da fé, a fim de compreendermos melhor o que estou expondo: Abrão coabitou com Sarai, e, quando Faraó quis coabitar com ela, ele pediu que ela mentisse e dissesse que eles não tinham nenhum relacionamento conjugal, mas sim um parentesco fraterno (de irmãos – o que era verdade, pois ela era meia irmã de Abrão), pois estava com medo de ser morto; o poder de Deus se manifesta e Faraó não toca em Sarai por intervenção de divina (Gên. 12:1-20).
Mais outro caso: Elias e Jezabel – o Profeta de Deus matou 450 profetas de Baal e teve medo de ser morto pela rainha, ou seja, fé e utilização de dons espirituais, não significam perfeição ou coragem, mas sim dependência, obediência e submissão a vontade de Deus. Não que alguém que tenha fé não possa ser corajoso, o que saliento é que não é condição da fé, a perfeição ou a coragem.
O homem de fé que quero apresentar hoje chama-se Jerônimo Savanarola, viveu no Século XV (1452-1498): “O povo de toda a Itália afluía, em número sempre crescente, a Florença. A famosa Duomo não mais comportava as enormes multidões. O pregador, Jerônimo Savonarola, abrasado com o fogo do Espírito Santo e sentindo a iminência do julgamento de Deus, trovejava contra o vício, o crime e a corrupção desenfreada na própria igreja. O povo abandonou a leitura das publicações torpes e mundanas, para ler os sermões do ardente pregador: deixou os cânticos das ruas, para cantar os hinos de Deus.
Em Florença, as crianças fizeram procissões, coletando as máscaras carnavalescas, os livros obscenos e todos os objetos supérfluos que serviam à vaidade. Com isso formaram em praça pública uma pirâmide de vinte metros de altura e atearam-lhe fogo. Enquanto o monte ardia, o povo cantava hinos e os sinos da cidade dobravam em sinal de vitória. ”
“O corrupto regente de Florença, Lorenzo Medici, experimentou todas as formas: a bajulação, as peitas, as ameaças, e os rogos, para induzir Savonarola a desistir de pregar contra o pecado, e especialmente contra a perversidade do regente. Por fim, vendo que tudo era debalde, contratou o famoso pregador, Frei Mariano, para pregar contra Savonarola. Frei Mariano pregou um sermão, mas o povo não prestou atenção à sua eloquência e astúcia, e ele não ousou mais pregar. Nessa altura, Savonarola profetizou que Lorenzo, o Papa e o rei de Nápoles morreriam dentro de um ano, e assim sucedeu.”
Jerônimo Savanarola não era perfeito, mas aprendeu cedo a depender, obedecer e submeter-se a Deus, e isto fez uma grande diferença em sua vida, assim como na vida de Abraão e Elias e poderá fazer a grande diferença em nossas vidas. Na manhã desse dia eu profetizo em sua e minha vida uma fé dependente, obediente e submissa a Deus Pai, ao nosso Salvador e Senhor Jesus e ao Consolador e Guia da Igreja o Espírito Santo!
Tenha um ótimo dia! Paz, Graça, Amor e Redenção.
Referência Bibliográfica: ORLANDO, S. Boyer. Heróis da Fé Vinte homens extraordinários que incendiaram o mundo.Biografias cristãs, CPAD – Casa Publicadora das Assembleias de Deus Rio de Janeiro, RJ. 15ª Edição – 1999.


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