Êxodo
Capítulos: 7 a 12
Pr. Claudio Marcio
INTRODUÇÃO
Quando pensamos em
praga não vem coisa boa em nossa mente. Quem já leu ou viu algum filme sobre as
pragas do Egito, fica impactado com sua sequência e desfecho, entretanto, seria
importante entender o significado de cada praga, pois sua finalidade é
pedagógica, doutrinária e cirúrgica no sentido metafísico. Essas pragas estão relacionadas diretamente às práticas de
adoração que eram comuns no Egito, sendo assim, cada praga se relaciona a uma
forma de adoração focada no Deus único e Eterno (Yahweh).
Isto dificilmente é ensinado, porém essas mesmas práticas não pararam de
ocorrer, a tal ponto de seguirem os hebreus libertos, pois perpassavam por sua
mente e coração. Aprendi que tirar o povo hebreu do Egito não foi tarefa fácil
para Moisés e Arão, porém, tirar o Egito do povo hebreu, foi quase impossível.
Por isto se fez necessário um período tão longo no deserto (40 anos – Dt.
8:2-5), pois aquela geração, que ali pereceu não tinha condições de viver numa
nova cidade tendo pensamentos velhos e idólatras.
Considerando o que foi exposto acima, podemos imaginar
que a nova Canaã Celestial não terá lugar para pessoas que, uma vez renascidas
continuam com práticas antigas. Ou seja, o renascido precisa abandonar o estilo
de vida egípcio/mundano. Precisa passar, não por uma lavagem cerebral, mas sim
por uma mudança radical (no sentido de raiz – extrair a raiz antiga de
pensamentos pecaminosos (velho homem – Ef. 4:22-25 – gestos e sentimentos) de
mente, alma, espírito e coração, pois na Jerusalém celestial, esse tipo de
atitude não é tolerado ou permitida a sua entrada.
Quando menciono a necessidade da dogmática cristã
(teologia) é porque se faz necessário aprender sobre o que Deus gosta e não
gosta, o que Ele quer que façamos e/ou deixemos de fazer; a leitura bíblica é imprescindível,
mas sem o embasamento necessário para sua interpretação e prática estaremos
fadados ao fracasso eclesiológico. Todo o pragmatismo da prática teológica está
num viver santo, honesto e comprometido com a vontade de Deus (ética e moral
são importantes, mas Deus exige uma vida espiritual em sintonia com ele), em
princípio pensamos que ler a Bíblia é suficiente, mas lembrando do eunuco
etíope em Atos dos apóstolos – 8:26-40 – (homem de um conhecimento elevado e
cultura diferente da do judeu) constatamos que é necessário um intérprete para
elucidar os textos sagrados (Eis a importância de sermos guiados pelo Espírito
Santo – Rm. 8:13-15).
Conforme já mencionado as pragas vieram em consequência
de práticas que provocaram a ira de nosso Deus, portanto mencionares de forma
análoga, cada praga e cada Deus pagão e a prática relacional, que, ao serem
executadas promovem o distanciamento do homem criado, do Altíssimo Criador Yahweh. O impressionante é que tais práticas ainda
se mantêm vivas em nossos dias, com seitas, religiões ocultistas e práticas
pagãs (gnosticismo, materialismo, humanismo, idolatria e deísmo), que, aos
poucos entraram no arraial dos santos (igreja instituída). Deus não faz nada ao
acaso, tudo dele tem um propósito e finalidade bem específica, sendo assim a
partir desse entendimento desenvolveremos nosso artigo sobre as pragas e
práticas ocorridas no Egito e combatidas por nosso Deus.
Para esclarecimento é importante compreender que praga é
tudo aquilo que destrói, estraga, atrapalha o crescimento ou desenvolvimento de
algo/alguém, e não é capaz de beneficiar os seres vivos de forma positiva e
produtiva (definição pessoal), sendo assim, as pragas do Egito tinham esse
objetivo de destruir e descontruir ideolatrias (neologismo), porém o seu
objetivo era demonstrar o poder do Construtor Eterno nosso Yahweh,
diante da falácia dos não-deuses egípcios.
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