domingo, 4 de junho de 2017

TRISTE COM DEUS

Pr. Claudio Marcio
                Essa é uma obra de ficção cristã, então, se você se identificar com o que está escrito, assumo a responsabilidade de ter escrito, porém não lhe conheço, não sei quem você é, mas sei que, de alguma forma o Espírito Santo me conduziu para escrever à você.
                Um garotinho estava indo para a escola bíblica dominical, sonolento, chateado, e pensativo: “Por que temos que acordar tão cedo, lavar o rosto, tomar café e ir para a igreja num dia de domingo tão ensolarado e bonito assim? Deus não sabe que gosto de praia, pipa e de brincar com meus amigos? Estou triste com Deus, pois ele me obriga a ir aonde não quero ir!”
                Anos depois, esse garotinho, já um adolescente, está se arrumando para ir a um culto, como de costume começa a pensar: “Todos os meus amigos estão indo ao festival de Rock de nossa cidade, apenas eu irei para a igreja. Será que Deus não poderia colocar na cabeça de meus pais que esse tipo de atividade e relacionamento não é o que quero para mim? Estou triste com Deus, pois ele me obriga a relacionar-me e a fazer o que não gosto!”
                Os anos passaram, o menino, que fora adolescente, tornou-se um homem casado, e, insatisfeito: “Estou muito triste com Deus, casei com uma mulher totalmente diferente de mim, ela é bonita, atraente, inteligente e indiferente aos meus interesses, sonhos e ambições, ela só pensa em ir para a igreja!”
                O tempo e espaço são pequenos diante da grandiosa proposta dessa mensagem/ficção, entretanto, o foco é: Triste com Deus. Por quê?
                Diante do cenário apresentado acima temos três momentos diferentes, porém o motivo da tristeza é o mesmo: Deus não satisfaz ao interesse do EGO. Poderia se argumentar a falta de respeito dos pais para com o filho, enquanto criança e adolescente, pois ele tem interesses divergentes dos pais. Mas, leia o texto de novo (se quiser), o nosso personagem não atribui aos pais, em nenhum momento a sua tristeza, mas sim a Deus. Ou seja, nosso objetivo, é salientar o quanto nós transferimos para Deus o que estamos sentindo, quando isto é negativo. Ainda seria possível argumentar que o casamento foi fruto de uma relação proposta pela religião, a igreja, irmãos e pais. Porém, o fato é que, não há em nenhum momento, de nosso personagem, a preocupação em saber o que as outras pessoas sentem, pensam ou fazem.
                A estória acima é muito maior, porém você é quem irá complementá-la, seja homem ou mulher, crente cristão ou não. Revoltado, magoado, triste com Deus, ou indiferente ao que pensam sobre você, mas focado em você o tempo todo.
                Nosso personagem culpa a Deus por seus inconvenientes de obrigações e relacionamentos. Gostaria que Deus interferisse para que sua vida fosse de outro jeito. Mas em que momento assume que suas decisões foram fruto de sua vontade e desejo? A simplicidade e fragilidade de nosso personagem não obscurece a realidade que muitos têm vivido em sua vida, em diferentes etapas, perpassando por diferentes e constantes situações desagradáveis: problemas financeiros, morais, sociais, vícios, manias, neuroses, constrangimentos, perdas, necessidades, sonhos frustrados, dificuldades de relacionamento.
Até quando transferiremos para Deus a nossa responsabilidade e culpa? Crer em Deus sem conhecê-lo (no sentido de obedecer a sua vontade) é perda de tempo, pois segundo a Bíblia, os demônios creem que ele existe, estremecem, porém não o obedecem (Tiago 2:19). A criança (nosso personagem), que passou pela adolescência e se tornou homem, nunca teve intimidade com Deus. Sempre fez o que os outros queriam que fizesse, pondo a culpa em Deus por seus descontentamentos. Ou seja, você está triste com Deus por algo de errado que está ocorrendo em sua vida ou simplesmente, não consegue assumir que está triste consigo mesmo, por não ter compreensão do que pode ser feito para mudar a maneira de agir, reagir, relacionar-se de forma agradável e mais sensível diante das adversidades.
Aprendemos que temos de ir à igreja, gostaria de fomentar em você o pensar: sou igreja! Nos ensinam que podemos ter coisas boas e seremos considerados os melhores, proponho: seja bom independente das coisas que tenha. Vivemos num mundo tenebroso, onde o consumismo, violência, falta de amor e aparência acima de tudo sempre prevalecem nas relações, conjuro-te em nome do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar a todos os seres humanos, quando de sua segunda vinda na Terra, que você tenha a mente de Cristo, haja como ele agiu, imite seu jeito de ser, pois fazendo assim, você jamais ficará triste com Deus, e será o motivo de sua alegria, pois fará tudo que lhe apraz.
Paz, Graça, Amor e Redenção.

Duque de Caxias, 04 de Junho, de 2017.

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