sexta-feira, 19 de julho de 2013
Êxodo - Palavra Chave: Redenção - Êxodo = saída.
Comentário:
Assim como Gênesis é o livro dos começos, Êxodo é o livro da redenção. O livramento dos israelitas oprimidos do Egito é tipo de toda a redenção. (I Coríntios 10:11). A severidade da escravidão no Egito (tipo do mundo) e Faraó (um tipo de Satanás) Exigiam por assim dizer, a preparação do libertador Moisés (2:1-4:31), um tipo de Cristo. A luta com o opressor (5:1-11:10) culmina com a partida (grego, êxodo ou saída) dos hebreus do Egito. São remidos pelo sangue do cordeiro pascoal (12:1-28) e pelo poder de Deus manifestado na travessia do mar Vermelho (13:1-14:31). A experiência da redenção, festejada mediante o cântico triunfal dos redimidos (15:1-21), é seguida pela prova que têm de enfrentar no deserto (15:22-18:27). No monte Sinai a nação redimida aceita a lei (19:1-31:18). O não depender da graça conduz a infração e à condenação (32:1-34:35). Contudo, triunfa a graça de Deus ao ser dado ao povo o tabernáculo, o sacerdócio e os sacrifícios, mediante os quais o povo redimido podia adorar o Redentor e ter comunhão com ele (36:1-40:38).
Autor:
Embora o livro de Êxodo não declare em nenhum lugar que Moisés fosse seu autor, toda a lei abrangida pelo Pentatêuco, que compreende principalmente a parte que se estende desde Êxodo 20 e atravessa o livro de Deuteronômio, declara mediante termos positivos e explícitos seu caráter mosáico. Afirma-se que Moisés é o escritor do livro do pacto (capítulos 20 a 23) que abrange os dez mandamentos bem como os juízos e as ordenanças que os acompanham (24:4, 7). Afirma-se que o assim chamado código sacerdotal, que se ocupa do ritual do tabernáculo e do sacerdócio que figura no restante do livro do Êxodo (exceto os capítulos 32 a 34), foram dados diretamente por Deus a Moisés (25:1, 23, 31; 26:1, e assim por diante). O levantamento do tabernáculo apresenta-se como um trabalho "segundo o Senhor havia ordenado..."Tanto esta terminologia como outras semelhantes aparecem muitas vezes nos capítulos 39 e 40. A paternidade literária mosaica é igualmente ressaltada numa destacada seção narrativa: a vitória de Israel sobre Amaleque (17:4). Em uma referência tomada do capítulo 3 do Êxodo, o Senhor Jesus denomina o Pentateuco em geral e o Êxodo em particular, "o livro de Moisés" (Marcos 12:26). A atual exegese conservadora, bem como a tradição, sempre afirmaram que Moisés é o autor. As teorias de alguns críticos não nos oferecem substitutivo adequado para a autenticidade mosaica.
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Merrill F. Unger
Doutor em Filosofia e Letras
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