quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

O PLANO DE DEUS PARA A SALVAÇÃO DA HUMANIDADE

 Introdução

Deus planejou a humanidade, em seu infinito amor e segundo o seu beneplácito (sua própria vontade e aprovação). Em Gên. 1:26 imperativamente Deus se propôs a fazer o ser humano em sintonia (concordância e equilíbrio) com Ele próprio: Imagem (representação) e Semelhança (característica). Afirmamos, a partir desse texto, que o ser humano: você e eu, não surgimos no mundo por acaso, fazemos parte de um plano de Deus, para representá-lo com características que lhe são peculiares.

Ele já havia criado outros seres antes dos humanos, entretanto, o motivo dessa criação é uma especulação que gostaria de compartilhar:  com a queda do Querubim Ungido (cujo nome desconhecemos, porém que tem vários títulos), um terço do Reino de Deus ficou despovoado, a ação do soberano criador do Universo é para que seu reino seja repovoado por seres que, por vontade própria (livre-arbítrio), lá habitarão, porém, o infame adversário tenta intervir nessa relação.

A QUEDA DO SER HUMANO

Já tive oportunidade de escrever que a mulher não foi criada para servir ao homem, mas, em pé de igualdade para com ele administrar o planeta terra. Equivocadamente se pensa que Eva teria sido criada para compensar uma falta, não é bem assim, tanto ela quanto Adão foram planejados por Deus (humanidade) e não foi um descuido de Deus criar primeiro o homem e depois constatar que ele, sozinho, não conseguiria fazer o que estava em seu plano.

A queda do ser humano também não pode ser lançada como um ato falho de Eva, e, supostamente uma sedução de Adão que cedeu aos seus encantos. Em comum acordo, ambos tomaram a decisão, após um diálogo sugerido no texto bíblico, porém não exposto, eles comeram do fruto proibido (que não foi uma maçã) e discerniram (seus olhos abriram) que estavam nus e ficaram envergonhados por reconhecerem que haviam feito algo fora da concordância de Deus.

A queda do ser humano é sua destituição de uma posição de sintonia com Deus, para uma posição antagônica (contrária) à sua perfeita vontade. Romanos 3:23 e 6:23 referem-se claramente sobre a destituição de posição da humanidade e o “pagamento” com a morte que foi instituído em seguida, legado estendido para os descendentes de Adão, que, mesmo sem terem desobedecido diretamente a Deus, até o estabelecimento da Lei Mosaica, tiveram imputado em si, a desobediência pelo pecado herdado de seus primeiros pais: Adão e Eva.

RESTABELECIMENTO DA SINTONIA COM DEUS

Apesar de desobedecerem a Deus, a intervenção divina foi imediata, pois, segundo sua pré-ciência, Ele já tinha um plano de salvação que conforme João 3:16, fazia parte de seu grande amor. Deus pré-determinou a Salvação na pessoa de seu filho Jesus, que deveria seguir todo um ritual pré-estabelecido durante anos (vide Antigo Testamento), até culminar em sua vida de excelência e perfeição. Nesse plano seria necessário um sacrifício que não pudesse ser oferecido por mãos impuras, tão pouco poderia ser um sacrifício de um ser irracional, ou seja, precisaria ser um ser humano perfeito, sem pecados. Deus não viu nenhum ser humano que pudesse ser esse sacrifício (Miq 7:2; Rom. 3:10-12), por isso teve que intervir, antes da fundação do mundo com um plano para salvar (resgatar) a humanidade.

O PLANO DE DEUS

Em princípio o plano é bem simples, mas sua complexidade se dá na sua realização, pois, apesar de sua soberania e poder, segundo sua lei e governo moral, Deus estabeleceu regras que nem mesmo Ele contraria, sendo assim, ao criar o ser humano (macho e fêmea), deu ao mesmo a possibilidade de aceitar ou não suas determinações. As leis físicas e espirituais são determinações do próprio criador. Vamos ao plano.

Deus amou o mundo – João 3:16.

Concepção Virginal – Isaías 7:14; Mateus 1:23; Lucas 1:27,34. Jesus precisaria ter um corpo físico, porém, não poderia ser concebido pela relação de um homem com uma mulher (Salmos 51:5 – a conjunção carnal [coito] – reproduz a pecaminosidade Adâmica). Sendo assim, a intervenção divina, por intermédio do Espírito Santo se fez necessária para a concepção virginal. Vide Mateus 1:20 e 25.

Nascimento de Jesus – Jesus nasceu, foi o primogênito de Maria, Lucas 2:7, não teve uma hospedaria, um hospital ou casa, por isso seu nascimento ocorreu num estábulo, numa caverna onde animais ficavam. O príncipe da paz, filho de Deus estava nascendo, e o planeta terra completamente indiferente a esse nascimento. Rom. 1:3 nos diz que Ele é descendente do rei Davi, segundo a carne, constituído filho de Deus e gerado pelo Espírito Santo; Gál. 4:4 ratifica seu nascimento de mulher, sob o domínio da Lei (Vide Mat. 5:17 e 18) e foi exatamente esse nascimento humano-divino que nos possibilitou a adoção de filhos de Deus. “Não se sabe o dia exato de seu nascimento. Alguns estudiosos supõem que tenha sido em agosto, talvez no dia 7, no ano 4, 6 ou 7 a.C., em Belém, a alguns quilômetros de Jerusalém. Essa confusão de datas é atribuída a um erro de cálculo cometido pelo monge Dionísio, no século 6º.” (Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/30-dc-crucifica%C3%A7%C3%A3o-e-morte-de-jesus/a-306384. Acesso em 6 jan. 2021.)

A humanidade de Jesus é uma realidade Histórica, descrita no Novo Testamento e pela arqueologia, apesar de não darem o braço a torcer entre o Messias Neotestamentário e o que chamam de Jesus-Histórico. Divergências à parte, Jesus ter vindo em carne é o ponto inicial da possibilidade de Salvação Eterna, pois ele tem a natureza humana e divina.

Morte no Calvário – “Nenhum estudo sério nega definitivamente a existência de Jesus de Nazaré. Indícios de sua existência já foram registrados pelo historiador judeu Flavius Josephus, no final do primeiro século, e, pouco depois, pelos escritores romanos Tácito, Suetônio e Plínio.” (Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/30-dc-crucifica%C3%A7%C3%A3o-e-morte-de-jesus/a-306384. Acesso em 6 jan. 2021.).

Jesus morreu na cruz do calvário, essa morte tinha um simbolismo muito negativo – “Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Gál. 3:13); “o pendurado é maldito de Deus” Deut.21:23. O corpo do sacrifício tornou-se amaldiçoado pela cruz, porém, ele não cometeu pecado, sendo assim, a Palavra de Deus diz e nós cremos que a morte no calvário do inocente Jesus pagou pelos pecados de todos que se arrependem – 1 Jo. 2:2.

Ressurreição e Corpo Glorificado

A Ressurreição de Jesus é o desfecho do plano de Deus para a Salvação da humanidade, ou seja, é a confirmação que o poder dado a Jesus inaugura a geração dos eleitos de Deus, que aguardam seu regresso, a primeira ressurreição e o corpo glorificado que receberemos após o toque da trombeta – Vide Mat. 28 e I Cor. 15.

Conclusão

Jesus existiu fisicamente, ainda que já existia espiritualmente antes da fundação do mundo, foi gerado pelo Espírito Santo, no ventre de uma mulher – Maria (que merece respeito e consideração por sua submissão a ordem divina) –, viveu entre seres humanos com limitações humanas, apesar de ter a sua disposição o poder divino; foi torturado, morto no madeiro, ressuscitou ao terceiro dia, foi visto pelos apóstolos e várias outras pessoas, subiu ao reino celestial e voltará para buscará sua igreja. Assim cremos e assim pregamos. Amém.

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