Introdução
Deus planejou a humanidade, em
seu infinito amor e segundo o seu beneplácito (sua própria vontade e
aprovação). Em Gên. 1:26 imperativamente Deus se propôs a fazer o ser humano em
sintonia (concordância e equilíbrio) com Ele próprio: Imagem (representação) e
Semelhança (característica). Afirmamos, a partir desse texto, que o ser humano:
você e eu, não surgimos no mundo por acaso, fazemos parte de um plano de Deus,
para representá-lo com características que lhe são peculiares.
Ele já havia criado outros seres
antes dos humanos, entretanto, o motivo dessa criação é uma especulação que
gostaria de compartilhar: com a queda do
Querubim Ungido (cujo nome desconhecemos, porém que tem vários títulos), um
terço do Reino de Deus ficou despovoado, a ação do soberano criador do Universo
é para que seu reino seja repovoado por seres que, por vontade própria
(livre-arbítrio), lá habitarão, porém, o infame adversário tenta intervir nessa
relação.
A QUEDA DO SER HUMANO
Já tive oportunidade de escrever
que a mulher não foi criada para servir ao homem, mas, em pé de igualdade para
com ele administrar o planeta terra. Equivocadamente se pensa que Eva teria
sido criada para compensar uma falta, não é bem assim, tanto ela quanto Adão
foram planejados por Deus (humanidade) e não foi um descuido de Deus criar
primeiro o homem e depois constatar que ele, sozinho, não conseguiria fazer o
que estava em seu plano.
A queda do ser humano também não
pode ser lançada como um ato falho de Eva, e, supostamente uma sedução de Adão
que cedeu aos seus encantos. Em comum acordo, ambos tomaram a decisão, após um
diálogo sugerido no texto bíblico, porém não exposto, eles comeram do fruto
proibido (que não foi uma maçã) e discerniram (seus olhos abriram) que estavam
nus e ficaram envergonhados por reconhecerem que haviam feito algo fora da
concordância de Deus.
A queda do ser humano é sua
destituição de uma posição de sintonia com Deus, para uma posição antagônica
(contrária) à sua perfeita vontade. Romanos 3:23 e 6:23 referem-se claramente
sobre a destituição de posição da humanidade e o “pagamento” com a morte que
foi instituído em seguida, legado estendido para os descendentes de Adão, que,
mesmo sem terem desobedecido diretamente a Deus, até o estabelecimento da Lei
Mosaica, tiveram imputado em si, a desobediência pelo pecado herdado de seus
primeiros pais: Adão e Eva.
RESTABELECIMENTO DA SINTONIA
COM DEUS
Apesar de desobedecerem a Deus, a
intervenção divina foi imediata, pois, segundo sua pré-ciência, Ele já tinha um
plano de salvação que conforme João 3:16, fazia parte de seu grande amor. Deus
pré-determinou a Salvação na pessoa de seu filho Jesus, que deveria seguir todo
um ritual pré-estabelecido durante anos (vide Antigo Testamento), até culminar
em sua vida de excelência e perfeição. Nesse plano seria necessário um
sacrifício que não pudesse ser oferecido por mãos impuras, tão pouco poderia
ser um sacrifício de um ser irracional, ou seja, precisaria ser um ser humano
perfeito, sem pecados. Deus não viu nenhum ser humano que pudesse ser esse
sacrifício (Miq 7:2; Rom. 3:10-12), por isso teve que intervir, antes da
fundação do mundo com um plano para salvar (resgatar) a humanidade.
O PLANO DE DEUS
Em princípio o plano é bem
simples, mas sua complexidade se dá na sua realização, pois, apesar de sua
soberania e poder, segundo sua lei e governo moral, Deus estabeleceu regras que
nem mesmo Ele contraria, sendo assim, ao criar o ser humano (macho e fêmea),
deu ao mesmo a possibilidade de aceitar ou não suas determinações. As leis
físicas e espirituais são determinações do próprio criador. Vamos ao plano.
Deus amou o mundo –
João 3:16.
Concepção Virginal –
Isaías 7:14; Mateus 1:23; Lucas 1:27,34. Jesus precisaria ter um corpo físico,
porém, não poderia ser concebido pela relação de um homem com uma mulher
(Salmos 51:5 – a conjunção carnal [coito] – reproduz a pecaminosidade Adâmica).
Sendo assim, a intervenção divina, por intermédio do Espírito Santo se fez
necessária para a concepção virginal. Vide Mateus 1:20 e 25.
Nascimento de Jesus
– Jesus nasceu, foi o primogênito de Maria, Lucas 2:7, não teve uma hospedaria,
um hospital ou casa, por isso seu nascimento ocorreu num estábulo, numa caverna
onde animais ficavam. O príncipe da paz, filho de Deus estava nascendo, e o
planeta terra completamente indiferente a esse nascimento. Rom. 1:3 nos diz que
Ele é descendente do rei Davi, segundo a carne, constituído filho de Deus e
gerado pelo Espírito Santo; Gál. 4:4 ratifica seu nascimento de mulher, sob o
domínio da Lei (Vide Mat. 5:17 e 18) e foi exatamente esse nascimento
humano-divino que nos possibilitou a adoção de filhos de Deus. “Não se sabe o
dia exato de seu nascimento. Alguns estudiosos supõem que tenha sido em agosto,
talvez no dia 7, no ano 4, 6 ou 7 a.C., em Belém, a alguns quilômetros de
Jerusalém. Essa confusão de datas é atribuída a um erro de cálculo cometido
pelo monge Dionísio, no século 6º.” (Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/30-dc-crucifica%C3%A7%C3%A3o-e-morte-de-jesus/a-306384.
Acesso em 6 jan. 2021.)
A humanidade de Jesus é uma
realidade Histórica, descrita no Novo Testamento e pela arqueologia, apesar de
não darem o braço a torcer entre o Messias Neotestamentário e o que chamam de
Jesus-Histórico. Divergências à parte, Jesus ter vindo em carne é o ponto
inicial da possibilidade de Salvação Eterna, pois ele tem a natureza humana e
divina.
Morte no Calvário – “Nenhum
estudo sério nega definitivamente a existência de Jesus de Nazaré. Indícios de
sua existência já foram registrados pelo historiador judeu Flavius
Josephus, no final do primeiro século, e, pouco depois, pelos escritores
romanos Tácito, Suetônio e Plínio.” (Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/30-dc-crucifica%C3%A7%C3%A3o-e-morte-de-jesus/a-306384.
Acesso em 6 jan. 2021.).
Jesus morreu na cruz do calvário, essa morte tinha um simbolismo muito
negativo – “Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Gál. 3:13); “o pendurado é
maldito de Deus” Deut.21:23.
O corpo do sacrifício tornou-se amaldiçoado pela cruz, porém, ele não cometeu
pecado, sendo assim, a Palavra de Deus diz e nós cremos que a morte no calvário
do inocente Jesus pagou pelos pecados de todos que se arrependem – 1 Jo. 2:2.
Ressurreição e Corpo Glorificado
A Ressurreição de Jesus é o desfecho do plano de Deus para a Salvação da
humanidade, ou seja, é a confirmação que o poder dado a Jesus inaugura a
geração dos eleitos de Deus, que aguardam seu regresso, a primeira ressurreição
e o corpo glorificado que receberemos após o toque da trombeta – Vide Mat. 28 e
I Cor. 15.
Conclusão
Jesus existiu fisicamente, ainda que já existia espiritualmente antes
da fundação do mundo, foi gerado pelo Espírito Santo, no ventre de uma mulher –
Maria (que merece respeito e consideração por sua submissão a ordem divina) –,
viveu entre seres humanos com limitações humanas, apesar de ter a sua
disposição o poder divino; foi torturado, morto no madeiro, ressuscitou ao
terceiro dia, foi visto pelos apóstolos e várias outras pessoas, subiu ao reino
celestial e voltará para buscará sua igreja. Assim cremos e assim pregamos.
Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário