Pr. Claudio Marcio
Ele me
dissesse: “[...] Vinde após mim, e eu farei que sejais pescadores de homens.” Marcos
1:17. “[...] Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.” Mateus 4:19?
Ou não retrucaria lhe dizendo: o que significa isto: pescar homens? Não olvidando
o contexto dos pescadores, fosse eu um pescador teria interesse em “pescar”
homens? Mudemos então a profissão e parafraseemos o texto: Vinde após mim e vos
farei empreendedores de homens. Ou ainda, educadores ou potencializadores de
homens. Enfim, o seguiria sabendo que o interesse de Jesus estava diretamente
em pessoas (amá-las), independentemente de suas condições socioeconômicas,
políticas, psicológicas, ideológicas, éticas e morais?
Profetizasse sobre
nossa vida e relação com o mundo: “[...] E odiados de todos sereis por causa do
meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.” (Mt. 10:22, 24:9; Mc.
13:13; Lc. 21:17)? Diferente do atual contexto que permite o ecumenismo
religioso/político com os seguidores da instituição eclesiológica e os demais. Não
faço apologia ao embate de credos, mas fomento apenas uma reflexão sobre o que
Jesus disse e o que alguns pastores têm dito e feito (não ignorando o fato de
também ser eu um pastor convencionado).
Afirmasse com
contundência: “[...] Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem
tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;” (Mt. 6:19); “[...] E o que
foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo,
e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera;” (Mt. 13:22); “[...]
Então Jesus, olhando em redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente
entrarão no reino de Deus os que têm riquezas.” (Mc. 10:23)? Ser rico então é pecado?
De maneira alguma, entretanto, tornar o dízimo e a oferta instrumentos de
barganha e possíveis potencializadores de riquezas terrenas é entrar em rota de
colisão com os ensinamentos de Jesus.
O tempo e
espaço não nos possibilita continuar mais questionamentos, porém vos convido a
refletirmos sobre outras questões que Jesus ensinou e hoje não é ensinado, que,
possivelmente, acabariam inviabilizando pastores de estarem à frente de congregações,
cantores de dizerem que foram inspirados pelo Espírito Santo, cristãos de se
tornarem políticos (agindo como estão agindo – não me posiciono contra o
cristão na política, mas sim em práticas que alguns fazem e os afastam do bem-viver
cristão), pessoas de se autodenominarem bispos e até apóstolos... Enfim,
precisamos pensar, pois “crer é também pensar” (John Stott – Disponível em:
< http://charlezine.com.br/wp-content/uploads/2011/11/Crer-e%CC%81-tambe%CC%81m-pensar-John-Stott.pdf>.
Acesso em: 20 abr. 2019).
Paz, Graça, Fé,
Amor e Redenção.
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