Pr.
Claudio Marcio
Pela graça
somos salvos (possibilidade de vida eterna), por meio da fé (“instrumento” humano
para nos mantermos firmes no alvo Jesus), isto não vem de nós (não foi, não é e
não será uma atitude humana que promoveu, promove ou promoverá a salvação), mas
é um dom de Deus (uma referência direta a atitude graciosa divina em conceder-nos
a possibilidade de vida eterna.
E por que
escrevo possibilidade, devido a alguns textos bíblicos que, por mais que
tentemos ignorar, são escritos para nos alertar da impossibilidade de vida eterna,
mesmo àqueles que um dia a aceitaram de bom grado. Vejamos os textos (não
significa que tenham que concordar comigo, pois minha proposta é fomentar uma
visão equilibrada sobre o assunto e uma busca contínua a um viver em santidade
[que não significa perfeição]). Vejamos os textos:
Mateus 13:
1-23 e Lucas 8:5-15 – Jesus nos ensina que uma semente pode ser lançada em
diversos tipos de terrenos, chega a germinar, cresce, porém não se mantém
firme. A semente é a palavra de nosso Deus, aprendemos isto, os diversos
terrenos, são os diversos tipos de corações existentes e como os mesmos se
comportam com a palavra “plantada” neles. Ou seja, apesar da palavra germinar,
crescer, não se mantém. Alguém poderia dizer: Mas esses então não foram salvos!?Exatamente, mas como saber? Pois esses, em algum momento podem dizer em alto e bom
som: “Tenho certeza da minha salvação!”
Vamos a outros
textos: Mateus 19:25 e Lucas 13:23 – Quem poderá se salvar? Impossível ao ser
humano. A Salvação é uma dádiva de Deus, porém não somos dignos dela, sendo
assim aprouve a Deus outorgá-la (dar como um favor) e não promulgar (tornar
público, ou seja, para todos – eis o paradoxo da salvação, todo aquele que nele
crê, será salvo, mas nem todos hão de ser alcançados pela salvação.). Sendo
assim, João 15:16 nos ratifica o ensinamento que a escolha não depende de nós,
tão pouco de nossas ações, parece aí que caímos na questão da eleição, porém,
não esqueçamos da presciência divina, e não pré-escolha, a diferença é que Deus,
em seu atributo Onisciente, tem prévio conhecimento dos que receberiam a
semente e se manteriam firmes, entretanto, disponibilizou o Evangelho a todos,
pois não pré-escolheu individualmente, mas estabeleceu o critério de aceitação
por intermédio do instrumento fé (Sê fiel até a morte [Apocalipse 2:10 e Mateus
24:13]), ou seja, a manutenção de nossa salvação (possibilidade de sermos salvos
– pois ela somente se completa com a glorificação de nosso corpo – vide I
Coríntios 15), depende de nossa fidelidade à palavra que foi semeada em nós.
Mas e quanto a
sermos salvos, termos o nosso nome escrito no livro da vida? Deus então manda
escrever e depois manda apagar? O sacrifício de Jesus tornar-se-ia vão em
relação aos que aceitaram Jesus como Senhor e Salvador de suas almas?
Jamais o sacrifício poderá ser
inviabilizado, porém a pessoa pode apostatar de sua fé, “a porca lavada, voltar
ao lamaçal, o cachorro ao vômito” (II Pedro 2:22) e temos ainda Hebreus 6:4-8,
que nos afirma ser impossível haver a renovação do arrependimento aos que,
tendo experimentado o dom celestial recaírem.
ENTÃO O SALVO PODE PERDER A SALVAÇÃO?
O salvo jamais
perderá a salvação, pois somente se é salvo (a completude da salvação) após a
glorificação do corpo – Vide I aos Coríntios 15.
Então não somos salvos? A Bíblia
diz que aquele que está em Cristo, torna-se nova criatura, as coisas velhas são
passadas e tudo se faz novo (II aos Coríntios 5:17), ou seja, ao lermos esse
texto, temos a convicção de que nos tornamos novas criaturas, e isto é uma
realidade insofismável, entretanto, a natureza pecaminosa não deixa de atuar em
nós, vide Romanos 7: 12-25, e precisamos “sentir as nossas misérias” (Tiago
4:9-14) a fim de compreendermos que não sabemos orar como convém (Romanos 8:26)
e que estamos sujeitos as ações constantes de Satanás e suas hostes, sendo
assim a estatura de varão perfeito (Efésios 4:13 – leiam o capítulo todo) para
compreendermos que o processo da salvação se dá no momento em que aceitamos
Jesus, reconhecendo nossa pecaminosidade (convicção de pecado, arrependimento
do mesmo, justificação pelo sangue/sacrifício de Jesus, regeneração [mudança de
origem adâmica pecaminosa, para a nova origem do Adão-Jesus perfeito]
santificação {sem a qual ninguém verá a Deus}), sendo assim, quem está em
Cristo, vive o Reino de Deus na terra, não anda de quaisquer formas, busca uma
intimidade com o Espírito Santo, mantém-se firme na Palavra, reconhece sua
dependência de Deus, o ama acima de tudo, aprende e desenvolve o amor ao
próximo e é reconhecido pelos seus frutos, mantendo-se fiel até a morte, mesmo
que essa possa ser de cruz. Como dizer que uma pessoa assim poderia perder sua salvação?
Jamais, pois os que estão em Cristo (que permanecem nele e em sua palavra – João
15:1-16; Romanos 8:1; I João 2:24 e 25) estão conectados diretamente com aquele
que não pode mentir, que nasceu, viveu, morreu e ressuscitou para dar à igreja
(a verdadeira predestinada à vida eterna, ou seja, o corpo espiritual de Jesus
Cristo, foi predestinado, não pessoas individualmente, mas todo aquele que nele
crê, se mantiver fiel e produzindo frutos, é membro do corpo destinado à vida
eterna).
Vivamos
e prossigamos em conhecer ao Senhor – Oseias 6:3 – (conectados nele: Jesus), mantendo-se
fiel à sua Palavra (lembremos de Oseias 4:6), focando no alvo (Filipenses 3:14),
crendo que nossa salvação já foi conquistada no calvário e que estamos fazendo
a manutenção dela, por intermédio de um viver santo (não perfeito), lembrando
que seu amor (João 3:16) nos alcançou e que as três coisas que perduram: Fé, Esperança
e Amor se fazem presentes na Igreja (Noiva) de Jesus Cristo que aguarda
ansiosamente reencontrar o noivo que a desposou por um preço altíssimo (seu
sangue derramado na Cruz do Calvário). E que jamais paire qualquer sombra de dúvida
sobre a salvação em Cristo Jesus (Tiago 1:17).
Paz, Graça, Fé, Amor e Redenção
Eleitos e Eleitas de Deus!
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