O uso de qualquer bebida alcoólica durante a
gravidez representa riscos à saúde mental e física do bebê.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde: 10%
da população possui algum tipo de deficiência, sendo a Deficiência
Intelectual/Mental responsável por 5% desses casos. Entre as causas dessa
deficiência podemos considerar como fator de risco comportamentais e ambiental
o uso de fumo, drogas e álcool.
O álcool é a maior
causa ambiental de deficiência intelectual no mundo. Por ano, 40.000 crianças apresentam problemas no
desenvolvimento relacionado ao uso de álcool durante sua gestação.
Atualmente o Brasil possui cerca de 24,5 milhões de
pessoas com deficiência e os estudos brasileiros
indicam que de 20% a 40% das gestantes consomem bebida alcoólica.
Segundo pesquisa realizada pelo setor de genética do HC – USP Ribeirão
Preto, na cidade de Batatais e nos municípios da região a porcentagem de
gestantes que fazem uso abusivo de álcool é de 10 a 30%.
O uso de álcool por gestantes é um problema sério de
saúde pública a ser enfrentado. Desde a
fecundação até o último trimestre de gravidez, o álcool pode interferir no
processo de desenvolvimento do feto. A situação clínica mais grave enfrentada pelo feto, submetido ao
álcool dentro do útero, é chamada de Síndrome Alcoólica Fetal, que atinge um a
cada 1000 bebês.
O álcool ingerido pela gestante ultrapassa a
barreira da placenta e se acumula no líquido amniótico. Também atinge o feto
pelo sangue do cordão umbilical, prejudicando a transferência de nutrientes e
oxigênio. Em cerca de uma hora, os níveis de álcool no sangue fetal são iguais
aos da mãe. Mas, como o bebê tem massa corporal menor e o fígado imaturo para
metabolizar a substância, calcula-se que o efeito tóxico para ele seja oito
vezes maior. As conseqüências dessa intoxicação permanecem a vida inteira, com
intensidade variável.
A
Síndrome Alcoólica Fetal é caracterizada por anomalias faciais típicas,
restrição do crescimento (baixo peso) e anormalidades do sistema nervoso
central (alterações estruturais, diminuição do tamanho do crânio, deficiência
do desenvolvimento neurosensorial e motor, alterações comportamentais e sociais.
Há
estudos que relatam que o consumo materno de álcool durante a gravidez é, entre
os fatores identificáveis, a causa mais comum de anomalia fetal podendo ser
observado:
ü Disfunções do Sistema
Nervoso Central (Deficiência Mental);
ü Microcefalia (cérebro com
tamanho inferior);
ü Atraso no Desenvolvimento
Neuropsicomotor;
ü Dificuldade na
coordenação motora fina;
ü Irritabilidade;
impaciência; hiperatividade;
ü Déficit de aprendizagem,
atenção e memória;
ü Distúrbios cognitivos e
comportamentais;
ü Déficit de crescimento:
baixo peso; baixa estatura;
ü Anomalias em diversos
órgãos como dismorfismos faciais;
ü Nariz curto com base
alargada,
ü Lábio superior fino e
liso, ausência de filtro nasal,
ü Fendas palpebrais
pequenas, face média achatada.
A SAF não tem cura.
Mas é 100% prevenida. Se você é gestante ou está planejando uma
gravidez: NÃO BEBA!
ALERTA!
- Álcool
é álcool, não importa se é cerveja, vinho, batida de frutas ou qualquer outro
destilado.
- Não há
níveis seguros para ingestão de álcool durante a gravidez.
- O
consumo de álcool durante o período de amamentação também prejudica o bebê.
- Você
pode ajudar a si mesma e a seu bebê. Evite o consumo de álcool caso planeje
engravidar ou se já estiver grávida.
O lançamento da campanha ocorreu durante o
seminário sobre drogas. Outras ações como palestras, capacitações e
distribuição de material informativo, estão agendadas para acontecer durante
todo o ano de 2011.
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*Vera Lucia Garavine
Rizzo é Gestora do Serviço de Prevenção da APAE Batatais.
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