sábado, 24 de dezembro de 2011

Prevenção da Síndrome Alcoólica Fetal – SAF Vera Lucia Garavine Rizzo*


O uso de qualquer bebida alcoólica durante a gravidez representa riscos à saúde mental e física do bebê.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde: 10% da população possui algum tipo de deficiência, sendo a Deficiência Intelectual/Mental responsável por 5% desses casos. Entre as causas dessa deficiência podemos considerar como fator de risco comportamentais e ambiental o uso de fumo, drogas e álcool.

O álcool é a maior causa ambiental de deficiência intelectual no mundo. Por ano, 40.000 crianças apresentam problemas no desenvolvimento relacionado ao uso de álcool durante sua gestação.
Atualmente o Brasil possui cerca de 24,5 milhões de pessoas com deficiência e os estudos brasileiros indicam que de 20% a 40% das gestantes consomem bebida alcoólica.

Segundo pesquisa realizada pelo setor de genética do HC – USP Ribeirão Preto, na cidade de Batatais e nos municípios da região a porcentagem de gestantes que fazem uso abusivo de álcool é de 10 a 30%.

O uso de álcool por gestantes é um problema sério de saúde pública a ser enfrentado. Desde a fecundação até o último trimestre de gravidez, o álcool pode interferir no processo de desenvolvimento do feto. A situação clínica mais grave enfrentada pelo feto, submetido ao álcool dentro do útero, é chamada de Síndrome Alcoólica Fetal, que atinge um a cada 1000 bebês.

O álcool ingerido pela gestante ultrapassa a barreira da placenta e se acumula no líquido amniótico. Também atinge o feto pelo sangue do cordão umbilical, prejudicando a transferência de nutrientes e oxigênio. Em cerca de uma hora, os níveis de álcool no sangue fetal são iguais aos da mãe. Mas, como o bebê tem massa corporal menor e o fígado imaturo para metabolizar a substância, calcula-se que o efeito tóxico para ele seja oito vezes maior. As conseqüências dessa intoxicação permanecem a vida inteira, com intensidade variável.

A Síndrome Alcoólica Fetal é caracterizada por anomalias faciais típicas, restrição do crescimento (baixo peso) e anormalidades do sistema nervoso central (alterações estruturais, diminuição do tamanho do crânio, deficiência do desenvolvimento neurosensorial e motor, alterações comportamentais e sociais.

Há estudos que relatam que o consumo materno de álcool durante a gravidez é, entre os fatores identificáveis, a causa mais comum de anomalia fetal podendo ser observado:

ü  Disfunções do Sistema Nervoso Central (Deficiência Mental);

ü  Microcefalia (cérebro com tamanho inferior);

ü  Atraso no Desenvolvimento Neuropsicomotor;

ü  Dificuldade na coordenação motora fina;

ü  Irritabilidade; impaciência; hiperatividade;

ü  Déficit de aprendizagem, atenção e memória;

ü  Distúrbios cognitivos e comportamentais;

ü  Déficit de crescimento: baixo peso; baixa estatura;

ü  Anomalias em diversos órgãos como dismorfismos faciais;

ü  Nariz curto com base alargada,
ü  Lábio superior fino e liso, ausência de filtro nasal,

ü  Fendas palpebrais pequenas, face média achatada.



A SAF não tem cura.  Mas é 100% prevenida. Se você é gestante ou está planejando uma gravidez: NÃO BEBA!




ALERTA!

- Álcool é álcool, não importa se é cerveja, vinho, batida de frutas ou qualquer outro destilado.

- Não há níveis seguros para ingestão de álcool durante a gravidez.

- O consumo de álcool durante o período de amamentação também prejudica o bebê.

- Você pode ajudar a si mesma e a seu bebê. Evite o consumo de álcool caso planeje engravidar ou se já estiver grávida.

O lançamento da campanha ocorreu durante o seminário sobre drogas. Outras ações como palestras, capacitações e distribuição de material informativo, estão agendadas para acontecer durante todo o ano de 2011.




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*Vera Lucia Garavine Rizzo é Gestora do Serviço de Prevenção da APAE Batatais.

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