segunda-feira, 6 de agosto de 2012

As Três Covas – Da Morte Certa para uma Vida de Sucesso com Deus


Pr. Claudio Marcio – Ministério Pacto Novo
Eu estava caminhando, ouvindo um hino, de repente o Espírito Santo me fez lembrar de três histórias bíblicas muito parecidas: José “do Egito” lançado numa cova por seus irmãos, Ananias Misael e Azarias (respectivamente: Sadraque, Mesaque e Abednego) lançados numa “cova” (na realidade uma fornalha de fogo ardente – segundo a Bíblia Sagrada) pelo Soberano maior da época – Nabudonosor – e, finalmente: Daniel, lançado numa cova para ser devorado por Leões. O que essas histórias têm em comum? A Cova da Morte, e uma vida de sucesso com Deus. Passei então a refletir sobre eles e sua semelhança e como isto pode revitalizar nosso relacionamento com Deus, em um mundo atual, onde constantemente escutamos testemunhos de lutas, decepções, frustrações, sucessos e quedas no meio do arraial dos Santos.
Então, iniciemos nossa reflexão, peço aos leitores que não se limitem a aceitar o que escrevo, mas amplie sua visão, conforme o Espírito Santo lhe conceder.
Introdução
O que é uma cova?
co-va
s. f.
Abertura no terreno, escavação profunda, caverna.
Abertura feita para plantar árvore, lançar semente etc.
Abertura que se faz nos cemitérios para enterrar os mortos.
Bras. Elevação de terreno em que se planta a maniva da mandioca.f.
Abertura na terra. Escavação. Caverna. Cavidade. Depressão em qualquer superfície. Alveolo. Sepultura.
Loc.
(fam.) Cova do ladrão, depressão entre o pescoço e a nuca. Cf. Hist. Insulana, II, 34.Estar com os pés para a cova, estar em vésperas de morrer. (B. lat. copha).

s.f. Abertura no terreno, escavação profunda, caverna.
Abertura feita 
para plantar árvore, lançar semente etc.
Abertura que se faz nos cemitérios para enterrar os mortos.
Bras. Elevação de terreno em que se planta a maniva da mandioca.

subst. f.
1. abertura na terra: fazer uma cova na areia
2. sepultura: pôr o caixão na cova

            Ainda fico feliz e impressionado com a Internet, essa facilidade que temos em buscar informações, mas, deixando meu impressionismo de lado, vamos a algo que quero salientar nessas três definições:
1.      Abertura que se faz nos cemitérios para enterrar os mortos.
2.      Abertura que se faz nos cemitérios para enterrar os mortos.
3.      Sepultura: pôr o caixão na cova.

Nas três definições existe algo relacionado a morte, sepultura, enterro, enfim, a cova que a Bíblia nos menciona teve esse viés: o de levar nossos personagens bíblicos a um destino de morte, porém, não foi isto o que aconteceu com eles, sendo assim, gostaria de ver nos textos da Palavra de Deus, o que de fato ocorreu, ou seja, quais características tinham aqueles homens para escaparem da derrota e morte certa?
Iniciemos então por José, antes dele ser conhecido como “José do Egito”:
Gênesis Capítulo 37:
José era um jovem sonhador de 17 anos (https://cronologiadabiblia.wordpress.com/2010/12/19/jose-no-egito/), provavelmente seu “erro” era ser fiel ao seu pai e levar as informações das coisas erradas que seus irmãos faziam, acrescentando a isto a simplicidade com que falava de seus sonhos, clara demonstração de uma futura superioridade, que, naquele momento, para ele, não via como algo de mal, mas simplesmente sonhos que lhe vinham à noite, seu desejo de partilhá-lo com seus familiares, lhe deixavam em maus lençóis, até um dia em que, irados, com seu irmão “preferido” de seu pai, seus irmãos, mais velhos decidiram dar um fim à vida daquele, que lhes trazia infortúnio. A cova era então o melhor plano, traçado por eles, para esconder o cadáver, após matá-lo, entretanto, Rúbem interfere e “suaviza” a situação, evitando que o irmão fosse assassinado, diz para lançarem na cova e que lá morra, mas sua intenção era salvá-lo depois que as coisas acalmassem. Porém, da cova, José passou para a escravidão, e o irônico dessa escravidão é que, o bisneto de Abraão, foi ser escravo da descendência de seu tio avô Ismael, o filho da escrava Egipcia de Sara: Agar.
José, vendido aos Ismaelitas, começa uma fase em sua vida, diferente daquela que tinha junto ao seu pai, antes tratado como um príncipe, agora sendo tratado como um plebeu, escravo, sem direito algum, somente com obrigações e castigos. Isto lhe soa familiar? Um dia José estava muito bem, no outro dia, enganado e traído pelos do seu próprio sangue, ele está muito mal, ele está péssimo. Um adolescente, cuja vida estava apenas iniciando, vê todos os seus sonhos indo por água abaixo.
O que se passa na cabeça de alguém que é fiel a seu pai, sua mãe, sua família, sua nação, sua igreja, sua escola, seu trabalho, e, de repente, perde tudo isso? Seja sincero, o que você faria, se de repente, sendo um cristão fiel, um homem bom, um filho amado e obediente, de repente fosse traído pelos seus irmãos e vendido como um escravo?
Passemos ao segundo caso, Ananias, Misael e Azarias na Cova/Fornalha de Fogo Ardente:
Daniel Capítulo 3.
Três jovens, uma estátua de ouro, um rei e uma ordem real: Adorar uma estátua. Obedecer ou não? Vejamos os prós e contras:
Obedecer era manter a posição social, econômica, o status quo, diante de um Império Mundial, desobedecer era perder tudo, incluindo a própria vida. Bem, eles preferiram morrer, pois, ainda que não tenha mencionado, obedecer ao rei, era negar e trair o próprio Deus, eles não queriam fazer isto, então, perder a vida para eles, era melhor do que perder a confiança que Deus havia depositado neles.
O texto, em si, demonstra, a crueldade, a frieza e a ignorância de Nabudonosor, sua autoconfiança, baseava-se em seu poder bélico, sua capacidade estratégica em vencer batalhas, sua impáfia era tão grande, que não era capaz de reconhecer sua insignificância diante do Deus do Universo. Mas, cabe-nos uma pergunta, semelhante à feita sobre o texto de José: Como você ficaria/agiria, se, após conseguir uma posição social de respeito, status e ter uma vida financeira abastarda, tivesse a ponto de perder tudo, em nome de sua fé em Deus? Hoje, talvez, seja simples dizer: Eu também preferiria ser lançado na fornalha, porém, é importante lembrar que, eles se deixaram lançar, na certeza de que iriam morrer, e não que seriam ser salvos no segundo final.
Passemos ao terceiro caso, Daniel, na cova dos Leões:
Daniel Capítulo 6.
Mais uma vez, uma ordem real, que envolvia a fé, só que dessa vez, o foco não estava numa estátua, mas sim num governante, em um homem, este não era alguém que tinha a impáfia de Nabucodonosor, mas que se deixou levar por uma vaidade humana, enganado pelos seus príncipes, que dizendo ter uma intenção boa, seu intuito era fazer mal à Daniel, que, ao saber do edito real, não se abalou e foi orar. Em cumprimento ao decreto, deveria ele ser lançado na cova, onde leões famintos o estavam aguardando, para “cumprirem” a sentença real: devorar o transgressor. Cabe aqui a pergunta: Você perderia seu cargo, sua vida, se tivesse que escolher, orar a Deus, pedir a Deus do que pedir a um homem, a um governante? Antes de responder, reflita sobre algo que tenho constato em nossos dias: Prefeitos, Governadores, Deputados, Vereadores, dão grandes donativos a igrejas, dão cargos a crentes, em troca de votos, pessoas confiam, dependem e se submetem a essas autoridades, não seria uma forma de venerar o homem do que depender de Deus? Espero que não tenha sido tão radical, mas falo assim para aprofundar nossa reflexão.
Bem, diante das três exposições bíblicas, das perguntas lançadas vamos aos pontos, que os textos têm, em comum:
Inveja – Da Família, Dos Colegas de Trabalho e de Governantes.
Perda – da Segurança, da Posição Social e da Própria Vida.
Mudança – de Posição Social, Econômica e Espiritual.

Quem eram esses homens, antes de passarem pelas perdas? Antes de serem alvo da inveja? Antes de terem sua vida mudada diante de uma decisão que tiveram que tomar ou manter? Quando se posicionaram a falar, fazer e manter-se fiel aos seus sonhos e convicções?
Não desejo ser prolixo em minhas reflexões, mas levá-lo(a) a uma posicionamento de fé. Não apenas que tudo dará certo em sua vida, mas sim que, se tudo estiver dando errado, Deus continua no controle, que é possível que você perca a sua esposa, seus filhos, sua casa, sua posição social, seu dinheiro, ou seja, diante dos olhos de nossa sociedade você será considerado um fracasso, um derrotado, porém, se você estiver em obediência a Deus, dependendo dele, ainda que digam: “E da mesma maneira também os príncipes dos sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus, escarnecendo, diziam: Salvou os outros, e a si mesmo não pode salvar-se. Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e crê-lo-emos.” Mateus 27:41-42. Sim, disseram que Jesus estava derrotado, porque eles somente conseguiam enxergar com os olhos da carne, eles não podiam enxergar o que estava ocorrendo no Plano Espiritual. Jesus estava se tornando o campeão dos campeões. Talvez seja isto o que está acontecendo com você nesse momento, você está fraco, debilitado, sem esperanças, expectativas, amigos, até na denominação onde você frequenta, já meneam a cabeça quando você passa, acham que não há mais jeito para você. Mas o que você pensa é o que importa, se seu pensamento está em Deus é claro. É o que Deus pensa a seu respeito, é o plano de Deus para sua vida que você deve aceitar. Se Deus tem a morte, saiba que é morte para a vida, mas se Deus quer que viva, então é vida para a morte, ou seja, viver neste mundo, sem se esquecer que sua esperança não está nas coisas desse mundo.
Espero que você não fique só na teoria, que não fique só na euforia da leitura, mas que dê alguns passos de fé, eu vou sugerir alguns, mas você terá que dar os seus próprios de acordo com sua situação:
1.      Faça o reconhecimento de seu atual estado – assuma sua condição, seja ela qual for.
2.      Arrependa-se, se for o caso e fale pra Deus que está arrependido.
3.      Diga a Deus o que você quer, o que você sabe que pode fazer e o que não sabe.
4.      Não tente ser ou parecer o que não é – lembre-se que Deus conhece o seu coração.
5.      Não queime etapas, comece do começo e vá gradativamente andando, não pule.
6.      Ame-se, apesar do que digam a seu respeito.  Olhe-se, respeite-se e siga adiante.
7.      Peça a Deus que lhe ensine a amar ao próximo – quero esclarecer que não estou dizendo que deve amar o estuprador, o assassino em série, mas que o amor ao ser humano, significa que, mesmo querendo que a justiça seja feita, você não esquecerá que é possível agir com coerência e amor nesse julgamento.
Graça, Paz, Amor e Redenção da parte de Deus, não esqueça do Novo Pacto, a Nova Aliança de Sangue em Cristo Jesus. Amém.

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